sexta-feira, 14 de maio de 2004

Paul Bremer admite retirada americana do Iraque após 30 de Junho

Administrador civil americano admite que coligação pode não ser bem-vinda
Paul Bremer admite retirada americana do Iraque após 30 de Junho

O administrador civil norte-americano no Iraque, Paul Bremer, admitiu hoje a possibilidade de uma retirada das tropas dos EUA após a transferência de poderes prevista para 30 de Junho. "Evidentemente não é possível permanecer num país onde não somos bem-vindos", declarou Bremer.

"Se o Governo interino [iraquiano, para o qual será transferido o poder no próximo dia 30 de Junho] nos pedir para partirmos, partiremos. Penso, no entanto, que [o Governo] não o fará", declarou Bremer perante o governador e outros responsáveis da província de Diyala, a norte de Bagdad."

Nota: E é isso mesmo que devem fazer. Vamos imaginar como pretendem alguns, que qualquer Estado democrático, se bem lhe der na gana, tem legitimidade para conquistar, ocupar e mudar o regime de um Estado não democrático (coisa que só pode ser própria num espirito juvenil de perigoso idealismo e absolutamente nenhuma réstia de um esclarecido juizo conservador - caracteristica que junta uma certa nova direita a alguns dos seguidores de Ayn Rand):

Ainda assim, depois do trabalho feito, é certo que:

- os "libertadores" não têm qualquer responsabilidade com o que se passar depois, porque isso é responsabilidade dos próprios (aliás, já a sua própria libertação o era)
- nem os "libertados" podem pedir contas aos "libertadores", porque depois de beneficiarem (assim esperamos) com a sua libertação à custa de terceiros, não têm qualquer direito a reclamar que ainda por cima, os ajudem a ser "livres".

Portanto, poupem uns cobres e vidas de adolescentes, e saiam daí.

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