...definitivamente não é Conservador...
O Amigo do Povo: Clássicos para o Povo: Edmund Burke in Love
"A propósito do filme de Sofia Copolla, Marie Antoinette - aliás, estranhamente lido pela maioria da crítica apenas como um conto de adolescente perdida quando tem muitas pistas políticas para bom entendedor - ocorreu-me, esta bela declaração de amor do seriamente filosófico Edmund Burke. Houve quem na época explicasse toda a crítica à Revolução Francesa deste velho e perigoso esquerdista - que, apesar de britânico, tinha apoiado os revolucionários norte-americanos e denunciado abusos imperialistas na Índia - pela devoção platónica de Burke pela jovem rainha francesa que ele tinha contemplado embevecido algumas dezenas de anos antes(...)"
PS: Quanto a Sofia Copolla, qualquer filme sobre uma austriaca com música dos Joy Division só pode ser bom. A recordar:
- A cerimónia de transição na fronteira entre deixar de ser austriaca e passar a ser francesa.
- O apoio aos rebeldes americanos como ums das causas para os problemas do Rei (e dos franceses).
- O "disparate" com que Marie Antoinette classifica o mito do "comam bolos".
- A decisão do Rei e Marie Antoinette em não abandonar Versailles, perante o perigo eminente da multidão e Revolução.
Nota:
Será especulação dizer que a aliança entre a Aústria e a França - Católicas - fazia todo o sentido? É que a alternativa foi a aproximação à Alemanha ("dominada" pela Prússia - Protestante). O casamento punha fim à memória da rivalidade com Carlos V, é que os ingleses é que têm a fama, mas a França é que sempre pagou o preço pelo combate às tentativas de hegemonia continental. Napoleão e a Revolução uma excepção que ficou cara.
Versailles permanece como a maldição da Europa na Revolução, marcando o fim da monarquia frances. Mais tarde marcando o fim das Monarquias Europeias em 1919. Uma maldição que abriu as portas do inferno.
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