quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Jogos de Guerra

1. A China está disposta a aceitar o Status Quo vigente com "Taiwain" (reclama como fazendo parte do território, atribui soberania na prática, mas proibe a declaração unilateral de independência).

2. Certas facções de "Taiwain" incentivadas pelo "ocidente" (CIA e outros via ONGs, fundações pro-democracia, e outras coisas que tal), fazem tudo para que, apesar do Status Quo actual, se ja produzida uma declaração unilateral.

3. A China prepara o avanço do seu exército.

4. Os moralistas internacionais (e que não entendem a sua contribuição para um estado de anomia internacional) de todas as cores (incluindo, para não dizer sobretudo, liberais) no Ocidente (liderados pelos artigos de VDH e os restantes NeoCons) iniciam a táctica habitual: as primeiras palavras que se ouvem é "appeasement ", "Chamberlain", etc e tal, fala-se de Churchill até à exaustão (que viu desabar o seu Imperio Britanico e entregar parte do mundo de bandeja a Estaline, Churchill, não teve instinto especial no caso de Hitler, porque desde a mais sua tenra idade literalmente colocou o Império em Guerra em todas as partes do mundo em que esta podia acontecer, mais tarde ou mais cedo iria acertar numa relativamente justa), o bem contra o mal, democracia contra o comunismo disfarçado de capitalismo (curiosamente, com quase toda a certeza ninguém evoca - principalmente os NeoCons - o direito de Secessão), mais vale agora que mais tarde com a China ainda mais forte, ouve-se falar do trabalho forçado, direitos "humanos", violados, etc.

5. O jogo é fazer avançar os porta-aviões dos EUA para defender supremos princípios, alianças "and all that stuff". Parece que foi o que Chamberlain não fez e a história só como começou algures em 1939: A China recuará (até ponho a hipótese que o faça mesmo, isto é - recuar, o que será uma prova do seu bom senso contra a total falta de bom senso da outra parte, claro que essa outra parte vai reclamar "Vitoria" pretendendo demonstrar como a força tem de ser usada para o "bem" vencer. Claro que estes, nunca equacionam que tal caminho de acontecimentos apenas vai fazer despontar mais tarde, nem que sejam décadas depois, uma sequência de eventos ainda mais dificil de parar e de maior dimensão).

6. Mas não recua. A China reivindica a legitimidade do seu "status-quo". A Rússia é sua aliada até porque já tem o seu quintal de revoluções às cores induzidas por serviços secretos ocidentais e a NATO a preparar-se para estabelecer bases que a debilitam fortemente.

7. Conclusão?

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