quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Salário Minimo

e o mal provocado pelos bem intencionados à custa dos outros

"
Governo fixa salário mínimo em 385,9 euros"

O salário mínimo não devia existir de todo porque prejudica todos os infortunados e comunidades que por uma razão ou outra têm dificuldade em produzir mais do que o valor estipulado para esse salário mínimo e são assim impedidos de "comprar" o acesso a formação, experiência, dignidade propondo-se a trabalhar por um valor inferior.

Imaginem uma daquelas pobres mercearias de serra e monte, onde o "dono" pensa ter um ajudante. Quem poderá suportar o valor do salário minimo e os encargos subjacentes? Porque raio deverá o ajudante, que de bom grado poderá querer desesperadamente uma ocupação, ser assim impedido pelo seu Governo e Estado?

E, olhando para os indices de rendimento por região que variam entre cerca (cito de memória) de 60 (Alentejo) e 140 (Lisboa, por acaso creio que este valor é actualmente ainda mais alto), percebe-se que o salário mínimo estará mais "adaptado" à Grande Lisboa que ao resto do país.


Mas mesmo aplicando-se o indice sem correcção teriamos de subir em 40% o seu valor para a Grande Lisboa e descer em 40% no caso do Alentejo.

Isso permitiria diminuir os seus efeitos que caiem precisamente sobre os mais excluidos. Mas o melhor é abolir. Porque deve a maioria da população, ainda que 95%, decidir impôr algo tão grave sobre, digamos, 5%.? Não deviam ser os 5% a decidir sobre se querem ser obrigados a tal? O que existe de democrático em decidir efeitos que caiem sobre outros?

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