segunda-feira, 9 de março de 2009

Corrida aos Bancos e a "garantia" de 100% dos depósitos

'Run on UK' sees foreign investors pull $1 trillion out of the City": A silent $1 trillion "Run on Britain" by foreign investors was revealed yesterday in the latest statistical releases from the Bank of England. The external liabilities of banks operating in the UKthat is monies held in the UK on behalf of foreign investorsfell by $1 trillion (£700bn) between the spring and the end of 2008, representing a huge loss of funds and of confidence in the City of London."

Como o dinheiro sai, tem que entrar outro em substituição: as injecções de mais moeda por parte do Banco de Inglaterra. O que agrava o problema. E isto explicará parte da valorização do dólar nos últimos tempos.

Assim, a ajuda aos bancos caracteriza-se por ajudar os investidores mais sofisticados a tirarem o dinheiro em tranquilidade. Como no BPN, entra a Caixa Geral de Depósitos para os maiores depositantes poderem ter uma vida tranquila.

O outro problema, apontado por Jim Rogers mas previsível, é como o caso inicial do Nothern Rock prova, que ao ajudar um Banco, prejudica-se os bons (vá lá, menos maus...). Ao estender a garantia a 100% dos depósitos do Nothern Rock, em vez de o deixar liquidar com a garantia limitada estipulada na Lei, logo de imediato os bons Bancos viram os depósitos serem levantados para serem colocados no... Nothern Rock. Aqui em Portugal vê-se isso a favor da CGD (com uma garantia implícita). E depois passou-se o mesmo entre países. A (suposta) garantia de um país à totalidade dos Depósitos levou a transferências imediatas dos outros para si.

Claro que logo a seguir, a conclusão inevitável deste processo é... garantir todos os depósitos de todos os Bancos em todo o Mundo! Genial! Tem piada como não se vê a estupidez da possibilidade conceptual de alguma coisa ou alguém "garantir" toda a moeda em DO´s na economia. Essa garantia é apenas nominal e arriscamos um caos de hiper-inflação, mas no mínimo teremos o problema de como distinguir maus bancos a pagar altas taxas de juro dos outros. Se é tudo garantido...

PS: Na economia real, impedir a liquidação por exemplo da GM impede também outros concorrentes mais saudáveis possam sobreviver sem ajuda, em vez de poderem competir pelos recursos e quota de mercado dos concorrentes agora liquidados. E assim, os Estados vão ter de ajudar toda a economia real e todo o sistema financeiro.

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