(Krugman deve ter visto o meu post anterior)
(Via LRCBlog) "If you want to know where the global crisis came from, then, think of it this way: we’re looking at the revenge of the glut.
And the saving glut is still out there. In fact, it’s bigger than ever, now that suddenly impoverished consumers have rediscovered the virtues of thrift and the worldwide property boom, which provided an outlet for all those excess savings, has turned into a worldwide bust.
One way to look at the international situation right now is that we’re suffering from a global paradox of thrift: around the world, desired saving exceeds the amount businesses are willing to invest. And the result is a global slump that leaves everyone worse off.
So that’s how we got into this mess. And we’re still looking for the way out. "
Portanto, os argumentos vão saltando entre:
1- "existe poupança a mais para o investimento existente" (mas a taxa de juro equilibra ambos, nunca pode existir a mais ou a menos, além disso, como é dito mais abaixo, o aumento de saldos de depósitos nos bancos permitiria aos bancos manter o crédito... a taxas de juro muito baixas)
Outros dizem (ou os mesmos mas em alturas ou artigos diferentes)
2- "existe poupança a mais, diminuindo o consumo" (absurdo, a maior poupança/investimento aumenta o ritmo de acumulação de bens de capital aumentando a capacidade de produção e consumo futuro - 0% de poupança conduz a 0% de crescimento, e 100% de poupança diminui em muito o empo necessário para conseguir um aumento do consumo futuro...e enquanto isso as pessoas dedicam-se assim a produzir os bens de capital que vão permitir aumentar a produção de bens de consumo)
Mas como conjugar tal com o habitual discurso de que...
3- ",,,existe falta de crédito, é preciso que o crédito continue" (mas para existir crédito a menos não deveria existir poupança a menos?... e existindo poupança a mais o crédito não seria abundante?)
E já agora:
Tendo em conta que poupança hoje em dia se materializa em depósitos à ordem o que infelizmente constitui crédito aos bancos, a maior poupança de que Krugman fala não se materializa simplesmente em maior crédito directo aos bancos?
Assim, ainda que as pessoas possam liquidar outro tipo de aplicações (como fundos) e aumentem os seus saldos médios de depósitos à ordem, isso não significaria apenas que a forma de financiamento se desloca a favor do sistema bancário?
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