segunda-feira, 16 de março de 2009

História do crescimento da massa monetária (M2 USD YOY, desde 1960)


Observações:
* medido pelo agregado monetário, M2
* podemos verificar como o período de estagflação nos anos 70 foi já "preparado"" por inflação monetária nos anos 60 - o que conduziu ao "default" por Nixon impossibilitado de cumprir a entrega de ouro contra dólares.
* Os anos 80 foram um período de desinflação monetária e de preços
* os anos 90 depois do emagrecimento anterior, retomaram a inflação monetária que em vez de se materializar em pressão nos preços ao consumidor, é encaminhada para a expansão de crédito - o que não se traduz em inflação de preços no consumidor, mas sim no crescer de uma bolha económica visível nas "Internet stocks".
* Com o 11/9 e a queda da bolsa observa-se a continuação da inflação monetária que alimenta o "imobiliário" cujo rebentamento despoleta uma crise bancária que sem "intervenção" teria levado à falência de uma parte do sistema bancário (o que seria bem feito).
* Mas agora, pode observar-se que a criação monetária está a conduzir o crescimento do M2 para cima dos 10% anuais novamente.
* Para onde irá toda esta pura criação de moeda? Dado a recessão e crise bancária, parece-me que iremos voltar à "inflação de preços" a ser observada via commodities novamente, sendo o ouro e prata uma classe de commodities à parte dado o seu valor monetário (e por isso, tem os perigos de potenciais de intervenções agressivas, quer por novas vendas por parte de Bancos Centrais e FMI, quer quem sabe por intervenções mais violentas de controlar o mercado de compra/venda de ouro.. .ainda assim, acho que é válido como "seguro").
Nota: A inflação monetária tem duas componente de materialização:
1- uma que tem tradução mais rápida nos preços do consumidor. Exemplo: o Banco Central cria moeda para pagar directa ou indirectamente (Banco Central compra ou financia dívida pública) despesas do Estado.
2- via expansão do crédito no sistema bancário, que tem menor consequência directa na subida de preços no consumidor mas dá lugar às bolhas económicas ao descer artificialmente a taxa de juro para o investimento que está a ser realizado e que faz subir os preços de activos (como as acções, imobiliário, bens de equipamento, etc). Dando mais tarde lugar a crises bancárias.
O monetarismo deu conta do primeiro efeito, só a escola "austríaca" tem há muito tempo uma linha de investigação e explicação do segundo efeito (e consistente com a sua teoria de estrutura de capital, o juro como preferência temporal, etc).

Sem comentários:

Enviar um comentário