quinta-feira, 26 de março de 2009

Re: Imposto Negativo

  1. João Miranda faz a defesa do Imposto Negativo, e eu deixei um comentário:

    Parece uma boa ideia e eficiente, mas na verdade é uma má ideia e precisamente pela sua eficiência.

    Em experiência locais feitas nos EUA, o imposto negativo teve consequências imediatas nos incentivos a trabalhar e em outros factores como em manter os casamentos.

    Por exemplo, é observado que aquelas pessoas de baixa formação que conseguem recuperar do desemprego, a característica que tinham era conseguir manter-se casado e conseguir trabalhar um ano num emprego de salário mínimo. Quem o conseguia, logo a seguir conseguia ir subindo em melhores empregos e retomar uma vida com mínimo de qualidade.

    Com a introdução do imposto negativo observaram que a percentagem de divórcios aumentava muitíssimo e a situação passava a ser permanente.

    Assim, quanto maior é o rendimento mínimo mais caro fica trabalhar e receber um salário, aumentando o número de pessoas nesse regime. Em termos teóricos depois, é preciso aumentar os impostos para pagar ao número crescente de pessoas, o que diminui o salário líquido de todos, o que aumenta o custo de trabalhar relativamente a ficar a receber o rendimento mínimo.

    Existe assim, uma tendência natural para o número de pessoas ir aumentado e os impostos terem que subir sobre um número cada vez menor de pessoas a trabalhar.

    Teoricamente parece que existem razões para prever o colapso.

    Assim, na medida em que os actuais programas são diversos e obrigam as pessoas a andar e a perder tempo e em filas, isso funciona como travão para que as pessoas usem esse programas sociais.

    Basicamente, um Estado Social eficiente, significa uma eficiência total em todos as unintended consequences do Estado Social.

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