quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

A Guerra pela "Liberdade de Expressão" e os Neocons

* Pois...: "Paper won't run Holocaust cartoonsBy ASSOCIATED PRESSCOPENHAGEN, Denmark

The top editor of the Danish newspaper whose caricatures of the Prophet Muhammad sparked rage throughout the Islamic world said Wednesday the daily would not reprint Holocaust cartoons being solicited by an Iranian newspaper. Editor-in-Chief Carsten Juste said his newspaper Jyllands-Posten "in no circumstances will publish Holocaust cartoons from an Iranian newspaper."

* É interessante referir que David Irving, um historiador inglês,que apesar de "far right-wing" é respeitado pela sua história do Segunda Grande Guerra e o Nazismo (por historiadores 2mainstream") e que tem expresso dúvidas (ou antes, expressou no passado) sobre o número de mortes e métodos no Holocausto está preso à 3 meses na Austria por afirmações proferidas à 15 anos atrás.

* Dizer que está em causa a Liberdade de Expressão é avançar um passo a mais antes do tempo, porque, afinal de contas as imagens foram publicadas e o pedido de desculpas (e já agora, o boicote civil por consumidores é perfeitamente legítimo) por parte de países Àrabes/etc não é própriamente uma declaração contra a Liberdade de Expressão na Dinamarca. Esse pedido pode não ser devido, mas isso é outra questão. Portanto, o que pode estar em causa é o aproveitamento pelo extremismo, mas é necessário reconhecer, dentro do tal bom senso, que determinados exercícios de liberdade têm o resultado quando não o objectivo de incentivar o extremismo.

* Agora , mais importante ainda:

"...let us examine the venue – a newspaper that today describes itself as "liberal" in the classical sense, but yesterday openly supported fascism – and particularly the man most responsible for starting this ruckus: Flemming Rose, the "cultural editor" of Jyllands-Posten, who commissioned the cartoons and now is at the center of a rapidly-escalating controversy.

Here is his Wikipedia biography, which states that he has "links with U.S. neoconservatives," but lacks citations. Rose is apparently a big fan of Daniel Pipes – the controversial anti-Arabist appointed by George W. Bush to the U.S. Institute of Peace – and authored an entirely uncritical profile of Pipes, originally published in Jyllands-Posten and translated here.

Pipes is the founder of Campus Watch, an organization devoted to stamping out any and all academic treatments of Middle Eastern affairs that don't conform to his narrow strictures, which might be mildly described as fanatically hostile to Islam, Arabs, and anyone who opposes his extreme Israeli nationalism. Campus Watch is engaged in compiling blacklists of professors who refuse to spout the pro-Israel party line, and actively encourages students to spy on their teachers and report miscreants.

(...) That was then, but now he is talking about the rising struggle between Islam and the West as a "clash of civilizations,"

Portanto, como se calhar já intuitivamente poderia ser esperado apriori, não estamos a falar de um "cartonista" qualquer a tentar exercer um qualquer saudável criticismo via banda desenhada. É uma atitude deliberada que colocou em perigo as missões militares da Dinamarca e que torna ainda mais frágil a actual situação precária no Médio Oriente (frágil em grande parte por "sua" causa), e que tem objectivos claros de propiciar um salto em frente em direcção a uma qualquer guerra de civilizações. Não falo de conspirações. Falo simplesmente de atitudes direccionadas por quem defende certo tipo de pontos de vista.

E querer transformar-se num herói pela liberdade de expressão ao mesmo tempo que contribui para um determinado fim é, convenhamos um grande feito. Tipico do paradigma Neocon e o militarismo napoleónico turculento ideológico revolucionário, assente no histerismo e no medo, secularista e pró-aborto, excepto quanto ao Estado "Judaico", e orfãos desolados duma guerra que acabou pacifica contra o comunismo, e que como um parasita se alimenta dos efeitos e consequências das suas prórias soluções para problemas que não existem tal como os colocam.

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