"O CENTRO EMERGE COMO espaço político. Ao mesmo tempo que o trabalhismo e a social democracia optaram pela acção reformista no quadro parlamentar da democracia liberal, também o liberalismo económico e político, e em decorrência da dinâmica histórica, evoluiu, por sua vez, abandonando ou abrandando o seu radicalismo individualista e de Estado mínimo, aceitando a regulação da economia (sobretudo do mercado do trabalho) e a protecção e segurança social (Estado de bem estar). Talvez um paradigma desta evolução seja o da Alemanha de Bismarck, com o seu Estado de bem-estar (Wohlfahrtsstaat), criado e desenvolvido no regime da Constituição alemã de 1871, que introduziu um sistema eleitoral baseado no sufrágio individual, de cujo funcionamento surgiram os partidos do século XIX e XX: o partido nacional liberal; o centro católico, (Zentrum); o partido social democrata (SPD); e mais tarde o partido comunista." Esquerda e direita (2), Mario Pinto
PS: Se na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha não tinha praticamente colónias, tinha sufrágio universal à mais tempo que a própria Inglaterra (que dominava 25% do globo antes, aumentando depois), tinha introduzido o sistema social-democrata que domina o actual paradigma da civilização ocidental (incluindo de muito bom liberal - afinal quem "nos" dera regressar a esses primeiros passos do estatismo moderno), o Kaiser era neto da Rainha Vitória, e foi ajudar o seu aliado vítima de um "Estado Terrorista" ( a Sérvia que esteve na origem do atentado que vitimou o Principe Herdeiro do Império Austro-Húngaro)...porque raio é que ficaram como sendo os maus da fita,e objectos de um tratamento pelos vencedores que acabou por favorecer o surgimento do Nazismo? Bom, pela mesma razão iluminada com que os "aliados" escolhem um "mass murder" como Estaline para companheiro de luta na Segunda - ou seja, a cegueira de quem se julga permanentemente do lado certo da história, qual virgem púdica por uma lado, e jacobino "virtuoso" espalhando o mal, por outro.
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