Depois do direito aos preservativos e pílula e o direito ao aborto e o direito a ser criado por pessoas do mesmo sexo, seguramente só falta o direito ao sexo consentido.
Despenaliza-se o negócio organizado de sexo (coisa que com concordo, se fôr passível de ser regulamentado e no limite proibido localmente) e (mas) este passa a ser um direito oferecido no SNS e em clinicas privadas. Para as mulheres e homens, acima dos 18 anos, claro. Quem sabe mais cedo. Pode fazer parte da educação pública sobre sexo responsável. Mas tem de ser sexo seguro e responsável.
Talvez um serviço público telefónico de arranjinhos com aconselhamento por especialistas. Os que não o conseguirem por aqui não podem ser discriminados de forma alguma. Terá o seu direito, após consulta e reflexão, a recorrer ao seu direito ao sexo. Não me parece difícil encontrar um psiquiatra defenda os benefícios psiquícos e as consequências positivas para a saúde pública, diminuição da taxa de baixas por depressões, etc.
Pena é que com todos os direitos, também começa a ser visível o direito a desaparecer pela taxa de natalidade. A imigração é apenas uma solução passageira. E a sua taxa de natalidade deve-se apenas a não serem "esclarecidos". Mas o Estado trata de os integrar no "esclarecimento". E depois, nem a imigração.
Ganhamos assim o direito a desaparecer como espécie, coisa que agrada secretamente ao "verde" que de certa forma vê o ser humano como uma praga que invadiu o ecossistema.
Neste ponto o Estado vai não só proibir o aborto por razões supremas de interesse colectivo como obrigar ao registo de todas as grávidas e tudo o mais que possamos imaginar. Vão ser os mesmos que evocaram os mais altos valores da liberdade individual e propriedade do corpo da mãe.
São os teólogos do Estado. Do poder. Antes era "fight the power".
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