Já é tempo de um economista "austriaco" ganhar um Nobel depois de Hayek. E quem melhor do que Israel M. Kirzner?
Fica aqui lançada uma iniciativa de apelo à atenção da academia e comunidade académica.
Para isso, convida-se a enviarem propostas de um "carimbo" (por exemplo, contendo a expressão "Kirzner4Nobel") a ser colocado em sites e blogs que pretendam juntar-se a esta iniciativa.
Fica a sugestão de consultar o Kirzner Links.
PS. Foi recentemente disponibilizado no Mises Institute: "Market Theory and the Price System" from 1963 ("It is an outstanding, perhaps the outstanding, exposition of Austrian price theory". Download the PDF ).
De onde sai um capítulo sobre o importante conceito de utilidade ordinal, refutando o de utilidade cardinal. Este é um daqueles casos em que o maistream académico procurou insistir quer na utilidade cardinal quer nas vastas consequências de aceitar a sua possibilidade de onde sairem muitas das conclusões, digamos, questionáveis vindas por exemplo de Chicago.
Mas com o tempo, quem defendeu a utilidade ordinal contra a maré, conseguiu aos poucos demonstrar que conseguimos avaliar que preferimos A mais do que B não que A vale 2 vezes B. Parece um pormenor mas não é.
O interessante da questão é que o mainstream a dada altura adopta silenciosamente como quem não quer levantar ondas, o que outros defenderam em posição isolada durante muito tempo.
Não existe uma declaração de rendição do tipo "perdemos"!. Não, de repente comportam-se como se tivessem pensado assim desde sempre. E nem sequer fazem a revisão do trabalho anterior, parecendo assim que permanece integralmente com toda a valdiade, ainda que aparentemente já tenham mudado de ideias quanto a um dos pressupostos necessários.
É o que gosto na economista "austriaca". Silenciosamente e quase anónimamente e isoladamente certos.
Mas já agora, um Nobel era bem mais do que merecido.
Do livro mencionado:
"Total Utility and Marginal Utility
For a cardinal utility theorist, we have seen, the term "marginal utility" is used in contradistinction to "total utility." Total utility refers to the quantity of (cardinal) utility afforded by a stock of a commodity. Marginal utility refers to the rate at which total utility changes as the size of the stock of the commodity changes. An approximation to this rate of change of total utility is given by the amount of change in that utility resulting from a one-unit increase in the stock of the commodity. (Sometimes cardinal utility theorists loosely refer to this approximation as "marginal utility.") 4
For ordinal utility theory, such a distinction between total and marginal utility is not called for. Since there is no cardinal quantity of utility that increases, there can be no such concept as a rate of change of such a quantity. For an ordinal theory, marginal utility means the significance attached to the addition to (or decrease of) the quantity possessed of a good by the marginal unit. It does not, it must be noticed, refer to a change in the significance of the stock of the good, but to the significance of a change in the size of the stock. But total utility, too, for the ordinal theorist means the significance attached to the acquisition or loss of a given stock of the commodity. Both the utility of a stock of a good and the marginal utility of a marginal unit being added (or subtracted) from the stock "are total utilities" (in that they do not refer to "rates of change"); but, and more important, at the same time they are both "marginal utilities" in the sense that the utility of any quantity of a good, large or small, implies that this quantity is being considered "marginally"—that is, that somebody is contemplating the acquisition or loss of this quantity.
The "marginal unit," in fact, is never anything else than the unit that happens to be under consideration. It is the unit relevant to the act of choice confronting a man. The size of this unit depends only on the circumstances of the situation where a choice has become necessary. A man may be contemplating the purchase of several shirts. For certain sums of money, he can buy one, two, or several shirts. In choosing among the alternatives open to him, the man will be comparing the marginal utilities of the appropriate number of shirts—that is, the smallest number of shirts separating one possible decision from another."
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