quinta-feira, 15 de março de 2007

Fantástico II

"Fim da cobrança de contadores gera poupança mensal de 30 euros por cliente"

"Os consumidores vão ficar legalmente isentos do pagamento de qualquer encargo decorrente da instalação e uso de contadores, ou outros instrumentos de medição de água, electricidade, gás, telecomunicações, ou de qualquer outro serviço público essencial."

Ou seja:

Mais uma barreira à entrada criada (pelo menos parece) para dificultar, senão, impedir, o aparecimento de novos concorrentes. Impedir a cobrança (voluntária) de um custo fixo inicial significa penalizar em muito a capacidade de novos concorrentes aparecerem no mercado, porque aumenta significativamente o investimento fixo no momento de maior risco, o de tentar estabelecer-se no mercado.

Conclusão:

Os reguladores (e a legislação sectorial) parecem existir para dificultar a nova concorrência e depois apresentam o próprio mercado cartelizado como evidência de que são "essenciais" para colmatar as deficiências do capitalismo propondo então !"remédios" e soluções, imaginando um paradigma de concorrência perfeita.

Tipo: "O sector tem apenas 3 ou 4 empresas, número retrito para o qual eu (regulador e legislador) própro contribuo, e para solucionar esta "deficiência" do capitalismo vou intervir de forma a tentar passar ao consumidor o que seria aquilo que eu imagino que existisse com 100 empresas com informação perfeita, custos de transacção muito baixos, etc."

No final, implementam coisas como "retorno de capital" máximo E (ou será Mas?) garantido. Custos reconhecidos e custos não reconhecidos, etc.

Provocam os defeitos, propõem depois os remédios. Ganha o actual sector protegido de nova concorrência, com lucros acima do normal e risco abaixo do normal. Ganham os reguladores e o Estado que aparenta salvar o mercado.

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