segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Salarios e Capital

A poupança (restrição do consumo) permite o investimento em bens de capital que aumentam a produtividade...do homem, das suas ideias, da sua força física.

Crusoé ao poupar as maçãs necessárias para se dedicar temporáriamente à construção de um utensílio, persegue o aumento do seu produto e assim do seu salário. Antes existia zero de capital, depois passa a existir capital. Todas as modificações às condições naturais dos recursos fisicos na natureza com fins produtivos, representam uma forma de capitalização.

Mas o "Capital" em si não tem produtividade (afirmação "austriaca" que parece agradar a colectivistas e desagrada à Escola de Chicago).

A taxa de retorno do capital é apenas uma taxa de juro cuja origem pura (sem função empresarial) representa apenas a medida de como as pessoas descontam os bens futuros em relação aos bens presentes, é essa medida que dita a alocação da sociedade entre a poupança (e consequente formação de capital) e consumo.

A função empresarial (ou pelo menos, uma das suas motivações) consiste em tentar lucros puros (detectar produtos cujo preço pago pelo consumidor é maior ao conjunto dos seus custos), mas a liberdade de todos em o tentar é que faz com que quando aparecem logo desapareçam, sendo uma das razões possíveis a subida do preço dos factores de produção, e isso inclui o dos salários.


Pode-se refutar que a acumulação de capital conduza à baixa da "taxa de retorno do capital", mas certo é que quando a taxa de juro desce (o prémio exigido pelas pessoas pela abstenção de consumo e permitir o investimento), tal conduz necessáriamente a uma maior ritmo de acumulação de capital.

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