sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Cruzes, Preservativos, Prostituição e Soares

Mario Soares falou hoje sobre a possibilidade de legalizar a Prostituição (citou a regulação no tempo de Salazar, o que me faz observar que quando acusam o Catolicismo de fundamentalismo moral deviam talvez comparar o tema com outros Estados, apesar de democráticos e não fascistas, com o dominio de outras religiões incluindo cristãs...).

Muito bem, nada a opor, se bem que quem deve regular se a sua prática (ainda que "legalizada") pode existir concretamente aqui ou ali, devem ser as comunidades locais (estas se não o quiserem, devem poder por em prática medidas como, multas, expulsão, etc - nao creio que seja a intenção de Mario Soares...e se for assim, sou totalmente contra o que chama de "legalização").

Mário Soares falou também que se devia distribuir preservativos nas Escolas. Como? Os consumidores (pais) têm alguma a coisa a dizer sobre o assunto ou não? É algo para ser decidido por "especialistas" tendo em conta as "novas realidades" do mundo?

Pois a lógica é a mesma de pretender assegurar que nenhuma cruz (cruzes!) exista numa escola mesmo que localmente ninguém se incomode com o assunto, ou mesmo até que exista a forte presunção que o consenso seja fazer questão em que existam.

É indisfarçável que o que se pretende não é a separação do "Estado" e "Religião", mas sim separar a "Educação" do "Pais".

E é sempre o problema de se achar que para cada questão se deve encontrar uma resposta (escola neutra, educação sexual, preservativos, prostituição) a ser aplicada a todos.

Qual o caminho que isto leva? Um dia, todas essas questões são resolvidas via parlamento mundial ou referendo mundial e teremos atingido porventura o zenite democrático (o tal , onde se vai mesmo decidir, porque só ai, quais os Direitos que existem ou não).

Prostituição? sim ou não, aplique-se coercivamente (quer a legalização quer proibição) em todo o canto do mundo "and beyond...". Droga? Aborto?

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