sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Fair Trade

Nunca é demais ler e reler Bastiat a parodiar a noção de Fair Trade à 150 anos atrás:

"Se uma laranja de Lisboa é vendida por metade do preço de uma laranja de Paris, é porque o calor natural do Sol, que é, claro, gratuito, faz pelo primeiro o que o último deve ao aquecimento artificial que, necessariamente, tem de ser pago no mercado.

Logo, quando uma laranja nos chega de Portugal, podemos dizer que nos é oferecida metade gratuita ou, por outras palavras, a metade do preço quando comparada com as de Paris.Agora, é precisamente com base na sua semigratuitidade (perdoem a palavra) que os senhores mantêm a posição de que a sua entrada deve ser barrada.

Perguntam: "Como podem os trabalhadores franceses suportar a concorrência de trabalhadores estrangeiros quando os primeiros têm de fazer todo o trabalho, enquanto que os últimos têm de fazer apenas metade, tomando o Sol conta do resto?" Mas se o facto de um produto ser metade gratuito os leva a excluí-lo do mercado, como pode um produto totalmente gratuito induzir-vos a admiti-lo no mercado? " Petição dos vendedores de velas, etc.

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