Que belo dia para reflectir sobre o que perdemos com o fim das monarquias no berço da civilização cristã e liberal - a Europa.
No século 20, ganhamos o comunismo e o fascismo, e nos outros lados a social-democracia. Nos anso que precederam o cataclismo da Grande Guerra, a mundo tinha uma verdadeira moeda mundial - o ouro, o comércio internacional era livre (o nivel de trocas só voltou a atingir o mesmo nivel nos anos 90!), a liberdade de circulação por toda a Europa e mundo sem documentos (BI, etc) era quase total.
Hoje fala-se contra as elites aristocráticas (como se não tivessemos hoje as elites estatistas), mas quem pode negar que tudo o que se chama hoje de cultura nasceram delas (é engraçado vermos como a musica clássica e outras artes menos populistas são acarinhadas - subsidiadas - por certas elites intelectuais estatistas, ao mesmo tempo que provavelmente os mesmos rejeitam toda a ordem social onde foram produzidas.
Também não concordo com o chamado paradigma da fim das elites mais ou menos defendida por um certo liberalismo democrático popular. Deixando já de lado a questão da impossibilidade de uma ordem liberal num regime de voto universal, se de facto for possivel viver numa sociedade realmente livre (onde existe soberania da propriedade e do livre contrato com direito próprio e não como uma espécie de licenciamento do Estado), onde toda a cultura e ciência resulta duma economia voluntária, as elites naturais tendem a formar-se e a liderar as sociedades. O poder monárquico encerra em si um equilibrio intemporal, desinteressado porque nada tem a ganhar ou perder para além daquilo que já tem.
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