quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Taxa Única de Impostos

Existe uma discussão liberal recorrente sobre a abolição deste ou aquele imposto, por dupla tributação, etc.

Fala-se da abolição do IRC e apresentam-se argumentos. por exemplo, que o que deve ser tributado é o rendimento de dividendos recebidos em sede de IRS.

Mas porquê em sede de IRS? O que tem a tributação de IRS de mais racional que IRC? Porque não o contrário? Abolir de todo o IRS, acabando com o "big brother" sobre a vida privada do indivíduo a que obriga o IRS?

Propondo abolir o IRC com o argumento da racionalidade da tributação do IRS, estamos a legitimar que o rendimento deve sim ser tributado especialmente mais do que outro qualquer método. Mas isso é falso. Porque não apenas impostos indirectos - IVA?

E acima de tudo, queremos que o IRS suba para compensar a perda de receita em IRC?

Eu acho esta discussão sem grande interesse. Na verdade, todo e qualquer imposto devia ser abolido e todos os serviços e produtos contratados livremente. Mas parece que para já, não é assim possível.

O que acho que faz sentido é que os 3 impostos tenham taxas máximas únicas (princípio que devia ser estabelecido para facilitar a discussão "democrática" neutralizando o efeito desde este para subir aquele para mais tarde voltar a subir o primeiro), digamos, de 20% para o IRS/IRC/IVA.


Todos estes impostos são duplas tributações de todos os outros, essa é uma questão de menor importância.

O importante é que a discussão sobre a carga total seja minimamente racional e para isso, a "Taxa Única de Impostos" é um meio simples e eficaz.

É que assim também ficamos ctodos com mais tempo para discutir o lado da despesa.

Sem comentários:

Enviar um comentário