No Expresso, JCE reporta o discurso calmo e sereno dos NeoCons Perle e Ledeen, como que a sugerir duas personagens próximas do conservadorismo Burkeano britanico. Vamos então ler uma passagem de Ledeen:
“[W]e are an awesome revolutionary force. Creative destruction is our middle name. We tear down the old order every day, in business and science, literature, art and cinema, politics and the law. Our present enemies hate this whirlwind of energy and creativity, which menaces their traditions and shames them for their inability to keep pace. Seeing America undo old conventions, they fear us, for they do not wish to be undone. They cannot feel secure so long as we are there, for our very existence – not our policies – threatens their legitimacy. They must attack us in order to survive, just as we must destroy them to advance our historic mission.” -- Michael Ledeen, WSJ, 11/14/01
Quem tiver um pingo de bom senso, reconhece nestas palavras o tipo de turculência revolucionária Jacobino e que faz juz às origens trotskistas dos NeoCons, para quem o mundo tem de corresponder à sua visão racionalista, se necessário (para não dizer preferencialmente) com o recurso à violência e uso da defesa nacional, como Napoleão, para a imposição de uma nova Ordem mais iluminada.
Como conservadores, os NeoCons (pelo menos a partir destas palavras) são uma fraude e quem quiser associar a sua forma de pensar a modos Burkeanos está a cometer um fraude intelectual grave.
Mas a verdade é que o respeito pela ordem natural das coisas e a mudanças graduais impulsionadas por dentro, pela necessidade e não pelas ideias, respeito pelas tradições e costumes, a cultura e história de outras Nações - capacidade que fez o Império Britanico - baseado na expansão do comércio e não de uma Nova Ordem Mundial, comum nos conservadores (e liberais) está a morrer.
Pegando numa posta anterior: Agatha Christie - radical conservative thinker":
"...She offers an eternal England, a natural order that will always act spontaneously against evil to restore its own rural sense of calm...Her work conforms to Burkean conservatism in every respect: justice rarely comes from the state. Rather, it arises from within civil society.
The novels are shot through with a Burkean fear of enlightenment rationalism...Christie’s greatest anxiety, she once explained, was of "idealists who want to make us happy by force.".
Any rational attempt to supersede the ‘natural’ order is terrifying for her.
...In ‘They Came to Baghdad’, a rational plan for a New World Order is revealed to be a veil for absolutist fascism.
Her protagonists stand, novel after novel, against those who seek to disrupt the natural order and interpret the world with a misleading ‘rationalism’.
The Burkean conservatism that Christie loved is now officially dead. "
Como já diziam outros: "Old England is dying".
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