CAA, no cada vez mais em forma Mata-Mouros, tem toda a razão quando diz:
"Já disse e reafirmo: este Governo e esta maioria não permitirão que se consulte os portugueses numa matéria capaz de lhes criar os maiores engulhos. O único problema é encontrar pretextos, é convencer o povo de que a "culpa" é dos outros."
Eu é que reflectindo sobre o assunto cheguei à conclusão que é uma boa notícia:
Se já com referendo e mesmo maioria simples, a questão da legitimidade de desfazer o que a nossa história construiu não é pacífica, sem referendo o assunto está arrumado.
Façam o que fizerem, a tratado constitucional "europeu" não deve ser reconhecido como legítimo por nenhum cidadão que não se reveja em tal, e talvez deva ser chegada a hora de uma boa "desobediência civil" civilizada generalizada.
Este tratado, conjugado com a já visível vontade de constituir um Exército Europeu, harmonização de impostos, etc. e tal, configura um Federalismo centralizador, que terá os mesmos maus resultados que teve o Federalismo Americano:
Uma União baseada na participação voluntária dos vários Estados, transformou-se numa União para o qual uma Guerra (onde morreram cerca de 700 000 americanos) foi levada a cabo para negar o Direito de Secessão.
Podemos imaginar, daqui a umas dezenas de anos, numa Europa igualitária e de "imigração livre", onde as várias nações, têm na sua população votante, uma grande mistura de nacionalidades, e onde, uma maioria da população da nacionalidade original deseja a separação, e depois, tal como no País Basco e outros, um referendo diga por maioria simples que não deseja a separação, depois, temos o quê?
Temos que os nossos amigos "global democrats", que pensam ter encontrado no altar da democracia o fim da história, encolhem os ombros, dizendo que se a maioria "democrática" não quer a independência, está tudo decidido e quem se opuser é...terrorista.
Portanto, na minha visão pessimista, a conclusão lógica do caminho de uma Europa Federalista é o de uma Guerra Civil (na altura, vão chamar-lhe assim, em vez de Guerra entre Estados) generalizada, tipo Jugoslávia, onde a deslocação e mistura de etnias e nacionalidades produziu o caos que faz com que depois de uma previsão de 6 meses de "estadia", temos uma ocupação humanitária à cerca de uma década.
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