terça-feira, 28 de outubro de 2003

O Alargamento das Drogas

"A União Europeia ainda está nos primórdios de uma política de drogas comum, como ainda o está em muitos outros temas, a exemplo do que acontece no sector da defesa. Cada um dos 15 estados-membros segue a sua própria política de prevenção, tratamento, redução de danos ou de combate ao tráfico"

Comentário: os global tudo não conseguem dormir descansados, incomodados com a diversidade de soluções descentralizadas.

Porque raio terá de existir um política concertada da droga? É precisamente nas questões de dúvidas éticas sobre a legitimidade de se poder condicionar as escolhas individuais, que mais deve ser aplicado o princípio do localismo.

Questões como a droga e a prostituição, entendidas como actos voluntários, devem sujeitas a regulação altamente descentralizada - tipo Municipal e Freguesia, precisamente o oposto de qualquer política Europeia. Estes actos não podem ser considerados crime, mas sim sujeitos a regulação conforme os princípios consensuais em cada comunidade. E estes princípios consensuais variam de comunidade para comunidade.

Acima de tudo, cada um é livre de assumir as consequências dos seus actos, e as empresas devem também poder descriminar livremente quanto a aceitar ou não, que um seu empregado possa ser utilizador de drogas.

Desta forma, não precisamos de qualquer política, nem nacional nem europeia. A ordem natural das coisas sairá do equilíbrio entre livre arbítrio e o direito à exclusão inerente à propriedade privada. E assim, teremos certamente, uma sociedade bem mais conservadora mas sem moralismos hipócritas coercivos da direita bafienta nem o amoralismo progressista da esquerda por todos os direitos individuais disfuncionais que se esquece, contudo, que o livre contrato e arbítrio também é válido para toda a esfera económica.

Também errado no texto é: "A produção de ópio no Afeganistão está paulatinamente a regressar a níveis anteriores ao derrube da governação Taliban e a ser escoada através da Rússia e da Ucrânia para os países do Centro da Europa."

A pura verdade é que foram os Talibans que erradicaram a produção de ópio, pelo qual, meses antes da invasão e ocupação do Afeganistão (bem...de Kabul) , recebiam ajuda dos US, portanto deve ler-se: "a regressar a níveis anteriores à governação Taliban".

Fizeram de toda uma religião - os Talibans – inimigos (não será racismo?), no primeiro passo para fazer todos os árabes e muçulmanos inimigos, mudam regimes para levar a felicidade aos povos... colhem tempestades. Os engenheiros sociais nunca desistem contudo, recomendarão sempre mais do mesmo, orgulhosos da sua polida "moral stand", enquanto espalham a desordem social e o caos à sua volta. Grrr.

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