No Mata-Mouros chama-se a atenção para "O Euro-deputado Luís Marinho" que "discorre hoje no Diário Económico". Nomeadamente:
"não é preciso nenhuma tese académica para perceber que, fora da Europa, Portugal não tem destino. É esse o risco que nos faz incorrer quem, invocando o interesse e a identidade nacional, acaba por facilitar o deslize para a saída de Portugal da União. O que, obviamente, não tem nada de patriótico nem de respeitável."
Portugal, difícilmente sai do Continente a não ser talvez, numa Jangada de Pedra, portanto, concordo com o sr. Euro- deputado.
Agora a decisão de fazer parte da União ou não pode dizer muito do patriotismo e respeitabilidade. Enquanto esta é uma União voluntária e as Constituições Nacionais são soberanas e as decisões tomadas no ambito Europeu são voluntárias (e em voluntárias enquadro as decisões com que não concordamos mas que voluntáriamente adoptamos) está tudo muito bem.
Quando querem implementar o cavalo de tróia para um Estado Europeu, que mais tarde ou mais cedo terá a capacidade de impor a sua ordem constitucional, está tudo muito mal.
A história americana prova que o modelo federal resvala para uma União imposta pela força (Guerra entre Estados Americana). Querem ver um Lincoln europeu a falar Francês ou Alemão, a impor a União pela força? Estou a ser histérico? Digam isso a George Wasghinton e Thomas Jefferson.
A rejeição do tratado deve passar por não querermos perder a nossa soberania e por não querermos um super-estado europeu. Ambas as razões são compatíveis com querermos ser um país livre, aberto e fazendo parte de um forum inter-governamental europeu.
A pior das razões será mesmo "A esperança de uma influência europeia que regule a globalização num mundo multipolar ficará pelo caminho."
A globalização não necessita de regulação, apenas que abram as fronteiras (nomeadamente aos agricultores do terceiro mundo) - comprar e vender livremente é um direito humano humano inalienável, e forçar um mundo multipolar construindo uma alternativa/oposição ao Americanos é repetir o pior dos erros destes.
A Europa como alternativa aos US deve precisamente recusar o seu modelo federalista.
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