Parece que todas as morte provocadas aos palestinianos (In three day raid of northern Gaza Strip: Israel kills 17 Palestinians, including two girls.) são justificadas pela expressão abstracta ("conflito territorial" nunca, mas nunca é utilizada, e compreende-se porquê) de "Luta contra o Terrorismo" (ao longo da historia outras potências deviam ter-se lembrado dessa mais cedo, por exemplo, aos Romanos, que coitados, tiveram que combater terroristas por todo o lado - incluindo na Palestina... - onde levaram uma Nova Ordem, nunca lhes agradeceram), mas como é que uma das partes morre em números 4 a 5 vezes superior - rácio que antes desta última intifada e os seus frequentes e idiotas (Ghandi, infelizmente, parece ter sido um caso único de liderança não violenta, mas também no "Ocidente" existe muito quem odeie qualquer espécie de pacifismo, portanto, porque é que outros terão de escolher o protesto pacífico?) atentados suicidas, era ainda maior - e nem sequer é a parte ocupante, é a única acusada de "ethnic mass murder" (desconfio que muitos acham que uma "democracia" nunca pode ser acusada de tal...porque essas estão sempre do lado de "Bem"...use bombas atómicas e bombardeie alvos civis em massa, desde que seja uma decisão de um líder escolhido maioritáriamente...)? O Muro parece ser eficaz na prevenção e é irónico que tudo parece estar a agravar-se, mas, quem sabe, pode ser que não.
Existe aqui também a questão dos meios disponíveis entre duas partes em conflito, quando uma das partes é claramente superior na capacidade de defesa e ataque e na identificação mais certeira de alvos (ainda assim, com inúmeros "collateral damages"), a outra parte tende a recorrer ao máximo dano possível com os meios escassos que estão disponíveis. Não é uma justificação, apenas uma constatação, de ontem, no presente e provávelmente no futuro.
Um dos problemas dos modernos Estados é que a sua própria natureza acaba por fomentar a generalização dos conflitos às populações, como se num conflito ou disputa entre dois Estados, todos os cidadãos tenham de ficar envolvidos numa guerra (e assim se diz "Israel" ou "Americanos" ou "Franceses" ou ainda mais alargado, o "ocidente") quando antes eram os "Monarcas" e os seus exércitos, que se guerreavam enquanto os subditos continuavam a sua vida relativamente de forma amena, mantendo-se as relações comerciais, e sem grandes vestígios de ódio mútuo generalizado. Pelo menos neste aspecto, aquilo que chamamos de progresso civilizacional contém alguns germes de um mal absoluto (e o mesmo se verifica nas tentativas de estabelecimento de uma mesma democracia entre populações com mais de uma etnia - por exemplo, o Rwanda, nos Balcãs, etc).
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