sexta-feira, 16 de abril de 2004

Será pedir muito?

Ou vamos continuar a insistir, no Kosovo (ou Chipre, ou Rwanda, etc), com em todos os conflitos étnicos do mundo que num mesmo Estado e uma democracia "que nos podemos dar todos bem" (com excepção de Israel, onde claro, tal hipótese é tabu ... e bem).

Os Sérvios foram atacados pela Nato por alegado "ethnic cleasing" (cuja dimensão foi afinal manipulada) numa guerra pelo controlo territorial, e acabam a ser sujeitos ao mesmo pelos separatistas muçulmanos albaneses, tendo que assistir à destruição do património cristão ortodoxo (dezenas de igrejas que remontam ao séc. 14).

Ao mesmo tempo, o "ethnic cleasing" do direito de não retorno e a negociação de novas fronteiras (e a sua protecção com muros), é uma realidade pragmáticamente aceite (e provávelmente bem) noutra parte do mundo. Como já tenho dito, a história de constituição do Estado de Israel será um precedente para outras histórias de constituição de Estados independentes noutras partes do mundo. Mas será que é isso que os seus mais empenhados defensores pretendem?

Serbia-Montenegro mission to UN charge d'affaires calls for territorial autonomy to protect Kosovo Serbs

"New York - Belgrade, April 14, 2004 - Roksanda Nincic, the charge d'affaires of the Serbia-Montenegrin mission to the United Nations, told a Security Council session last night that KFOR and UNMIK have failed to fulfill their obligations in Kosovo-Metohija and stressed that territorial autonomy is the only way to protect the rights of Serbs in the province.

By witnessing ethnic cleansing, violence and intimidation orchestrated by ethnic Albanians from March 17 to 19, KFOR and UNMIK have failed to perform their duties stemming from UN Security Council Resolution 1244, said Nincic."

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