quinta-feira, 22 de abril de 2004

"Civil Religion" e a sua Missão

"Freedom is the Almighty's gift to every man and woman in this world. And as the greatest power on the face of the Earth, we have an obligation to help the spread of freedom . . . That is what we have been called to do, as far as I'm concerned."

-- President George W. Bush's at his press conference last week

O pensamento Jacobino ("We will give you liberty, you want it or not") à direita - quem diria que (na direita) os iriamos ter de aturar no séc. 21 e ainda por cima vindos do lado de lá do Atlântico. Um espécie de fusão da imposição universal de valores (Ah, mas estes são os valores certos - dirão muitos!) e optimismo na capacidade da transformação social da esquerda com o militarismo e de um nacionalismo sem nação à direita - e ainda alguns aspectos de uma nova "civil religion" - a acção do Estado (e do seu expoente no "Império da Liberdade", o maior e mais poderoso de todos os Estados) como instrumento de um Deus numa missão messiânica pelo bem para acabar com todo o mal.

PS: os Liberais deviam perceber o problema que é conjugar "o maior poder" e "liberdade" na mesma frase: "as the greatest power on the face of the Earth, we have an obligation to help the spread of freedom".

Claes G. Ryn, "America the Virtuous", p. 138:

"Many members of the so-called Christian right share the view that America has a special mission . . . . they believe that the United States, as led by a man of God, has a virtually messianic role to play, especially in the Middle East, where God's chosen people, Israel, must be supported by the United States against their enemies. Breaking sharply with the mainstream of traditional Christianity, which has made a distinction between the things of God and the things of Caesar, this form of religion identifies a particular political power, America, with God's will."

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