"...mas o comunismo já estava oco, não iria durar uma década. Hoje é diferente."
Esta é boa. Rothbard bateu-se isolado na direita (fazendo ao mesmo nascer o movimento libertarian) contra a guerra do Vietname (altura em que se viu arredado de toda a intervençao na direita, esta já sem poder contar com a Old Right de H. L. Mencken, Albert Jay Nock, Rose Wilder Lane, Garet Garrett, Frank Chodorov, e praticamente obrigado a escrever em conjunto com alguma da "new Left" que surgia nesse momento) e alguma da lógica da Guerra Fria (incluindo os Cold War "Liberals" que teve na origem dos neoconservadores) com base precisamente no argumento de que o Comunista nao funcionava (a sua realidade economica era bem pior do que constava), que a própria ameaça militar soviética era exagerada, e até que o chamado expansionismo era inexistente (na prática, mantinha o que tinha resultado do status quo da aliança ocidental com Estaline - com a qual querem fazer crer que se salvou a "democracia" contra Hitler), e que os países que no mundo passaram por experiências comunistas eram a isso levados mais por força endógena (ilusoes de intelectuais e populaçao) do que por força militar externa (ao mesmo tempo criticava também o sistemático apoio a ditaduras de toda espécie em todo o mundo - o que incluiu golpes de estado contra resultados de eleiçoes como por exemplo no Irao, onde mais tarde se deu a revoluçao islâmica com uma costela anti-americana fruto da sucessiva escolha de "lados" em assuntos que nao eram seus), e por tudo isso, arriscar a "better all dead than somepeople red" era uma parvoice, ainda mais quando o "estado socialista" ia crescendo sem parar nos próprios EUA.
Bom, na altura ninguém ia na argumentaçao, mas a derrocada súbita e por dentro provou atá que ponto tinha razao. Hoje, JPP parece dar-lhe razao ao ponto de achar que a nao ameaça que representa o terrorismo lhe parecer maior do que era o perigo comunista na altura do Vietname (uma guerra destinada a salvar os Vietnamitas de si próprios, dizimando-os em larga escala e onde uma possivel unintended consequence pode ter sido a própria ascensao dos Khmers Vermelhos no Cambodja, que foram depostos mais tarde, precisamente por uma invasao dos comunistas Vietnamitas).
Quanto ao terrorismo, é mais um problema de segurança civil, que pode assumir proporçoes de lastimável dimensao, mas em nada poe em causa a "democracia", os "valores ocidentais" ou qualquer outro bem abstracto, mas sim vidas e património concreto, em sitios bem determinados.
As suas raízes estao em conflitos territoriais concretos (caso do Israel-Palestina), no combate à influência dos sagrados valores democratas ocidentais sim, mas sobretudo da influência exercida "lá", nao deles "aqui", e um intervencionismo geral constante que dura desde que o Império Otomano caiu e que culmina com uma presença-ocupaçao militar no Afeganistao e Iraque e mais dois estados a constituirem um fardo economico, como se "tivessemos" alguma obrigaçao de servir de infantário de naçoes.
No caso do Iraque, ainda é tempo de dizer-lhes que estao livres de um tirano, que os danos até agora foram relativamente reduzidos (isto também porque depois do Golfo I e as sancoes pouco "sobrou" de qualquer forma), cuidem da vossa vida, defendam a vossa liberdade, organizem-na como quiserem e como forem capazes, bye bye. No Afeganistao o mesmo. A quem pensar o contrário, abre-se um conta da CGD para contribuir voluntáriamente para a causa democrática no Iraque e Afeganistao e forme-se uma milicia de voluntários - como os bons missionários cristaos que davam e dao o exemplo - para converter culturas tribais ao federalismo suiço.
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