segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Re: The Christian Roots of Capitalism


There we go again...

Weber sabia muito bem (e escreveu-o) que, no Ocidente, o capitalismo surgiu na Itália católica e na Flandres. O que ele quis perceber foi por que razão a "massificação" do capitalismo não ocorreu nessas sociedades, mas antes noutras, influenciadas pela Reforma. Que isso esteve ligado ao empreendedorismo dos leigos, promovido pelo questionamento protestante de uma vida religiosa enquadrada disciplinarmente pelo clero católico, parece evidente. E que esse empreendedorismo se "soltou" sobretudo onde a dissidência religiosa teve mais margem de manobra, também parece evidente. Isso aconteceu nos ambientes mais influenciados pelo calvinismo (Grã-Bretanha e Países Baixos) onde não se conseguiram reconstituir uniformidades eclesiais sancionadas pelo Estado (como aconteceu nos países luteranos que, apesar de reformados, não conheceram essa evolução precoce para o capitalismo).

A questão importante é a CISSIPARIDADE PRÁTICA do universo protestante. Esse foi o elemento que despoletou a constituição de sociedades civis fortes, que desenvolveram o "capitalismo".

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