A longo luta da civilização é a guerra entre a Ordem Política e a Ordem Civil.
A Ordem Política pode ser uma monarquia absoluta, ditadura iluminada ou uma democracia, que reclama eu maior ou menor grau de soberania legislativa e coerciva.
A Ordem Civil são as relações de propriedade e contrato estabelecidas entre pessoas com livre arbítrio.
Não é tão importante que forma assume a Ordem Política mas sim na prática, o grau de soberania que é retirada à Ordem Civil. Muitas monarquias absolutas e até ditaduras iluminadas conseguem auto-restringir a intensidade com que roubam soberania à Ordem Civil. Foi assim históricamente. Por outro, o Centralismo Democrático consegue invadir e roubar direitos naturais com muita mais intensidade que outras formas de Ordem Política.
A Ordem Política, sob qualquer das suas formas, requer Estado e o seu monopólio legislativo-judicial-violência e relações de poder (autocracia, aristocrática, da maioria, etc).
A Ordem Civil deseja e cria formas de Governo (nas suas formas de gestão de propriedade colectiva: empresas, associações, condomínios, etc) e relações de Direito.
Liberal é todo aquele que contribui para o crescimento da Ordem Civil e a redução da Ordem Política, seja em que domínio fôr. Poder ser Liberal quem não o é filosóficamente e nem sequer ouviu falar em tal coisa.
Mas se é possível, sob que forma, as suas vantagens, a sua moralidade, é a responsabilidade dos Liberais o demonstrarem quer na Teoria, quer na Prática.
A táctica da Ordem Política é simples, quando mais soberania retira mais reclama que é impossível voltar a devolver. A Ordem Política cria uma sociedade de escravidão voluntária onde os escravos deixam de desejar ser livres e até já se esqueceram como o ser, e quem o ainda o quer ser - isto é, livres - tem de se submeter ao desejo dos outros em serem escravos.
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