quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Re: Victor Davis Hanson I

1. "No one is flocking to Communism, much less Pyongyang’s unrepentant, ossified Stalinist brand. Islamic radicalism, on the other hand, has declared war on Western society and tens of thousands of jihdadists, whether Shiia or Sunnis, count on Iran for money, sanctuary, and support. Al Qaeda members travel the country that is the spiritual godhead of Hezbollah, and a donor of arms and money to radical Palestinian terrorists. "

As noticias de ajuda ao terrorismo na Palestina são...bem, um pouco exageradas. Comparem a a capacidade de matar tetraplegicos com um missel a partir de um F16 e o terrorismo de suicidas, e consegue-se ter uma boa perspectiva de quanta ajuda tem uma parte e outra.

2. "Terrorism, vast petroleum reserves, nuclear weapons, and boasts of wiping neighboring nations off the map are a bad combination."

Na verdade, é a realidade económica do petróleo que mantém os regimes árabes afastados do terrorismo ideológico da AlQaeda. E recorde-se no inicio defendiam mesmo a queda dos regimes do Egipto e Arábia Saudita. Coitados...

E colocar o terrorismo com origem em conflitos territoriais e o ideológico no mesmo plano é mesmo o primeiro passo para contribuir que ambos acabem um dia por virem a unir-se.

3. "First is the ostrich strategy — see and hear no evil, if extending occasional peace feelers out to more reasonable mullahs. Hope that “moderates” in the Iranian government exercise a restraining influence on Mr. Ahmadinejad. Sigh that nuclear Iran may well become like Pakistan — dangerous and unpredictable, but still perhaps “manageable.” Talk as if George Bush and the Iranians both need to take a time out."

Os Neocons têm um jeito especial para usar a linguagem, um domínio que vem das origens marxistas, conseguem usar o termo "mullahs" como quem fala de fassistas e mesmos nazis. Assim como usam o "islamo-fascismo" como quem não vê que os estados fascistas são seculares e os islamicos são teocráticos/monárquicos.

Agora, porque será que o actual presidente foi eleito de supresa quando os sábios comentadores da National Review apostavam em eleições totalmente deturpadas a favor de um doa..."mullahs"? Pois, aparece um candidato mais novo, não teocrático mas mais conservador - deve ter sido o tal efeito dominó iluminista.

4."The West could press the U.N. more aggressively — repeatedly calling for more resolutions, and, ultimately, for sanctions, boycotts, and embargos, energizes our allies to cut all ties to Iran, and provides far more money to dissident groups inside Iran to rid the country of the Khomeinists. "

Sempre as sanções...e a mania de financiar revoluções...como a que foi feita no Afeganistão com Bin Laden? (Reparem agora na variação para..."Khomeinists", como quem diz "comunistas"... inteligente)

E consegue-se hoje ser assim tão aberto quanto a financiamento de revoluções? A Rússia bem que tem razão em fechar todos as organizações políticas com ligações "externas" e o seu jogo perigoso e insensato de a rodear com a Nato. Num beco sem saida os animais atacam.

E será demais voltar a lembrar, que apesar de tudo, o estatuto "demo-teocrático" é capaz de ser bem mais "democrático" do que a Siria, ou quem sabe de "aliados" como o Qatar? Se bem que o Qatar sendo menos democrático (e mais monarquia absoluta) tem sem dúvida mais liberdade, não que VDH esteja preparado para assumir que tal seja possivel, "menos democrático e mais livre".

(continua, que para já tenho mais que fazer...)


PS: quem quiser ver VDH e o seu recente "A War Like No Other", que parece, tem sido apreciado por alguns, facilmente transformado em prova da sua miopia, ver num anterior post: Victor Davis Hanson does it again...

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