Kirzner's contribution to our understanding of the dynamics of capitalist processes is without question.Também publicado n'O Insurgente
For over three decades Kirzner has striven to refine and deepen our appreciation of the adjustment mechanisms that assure efficient operation of market economies. In particular, in works such as Competition and Entrepreneurship (1973), Perception, Opportunity and Profit (1979), Discovery and the Capitalist Process (1985), and The Meaning of Market Process (1992), Kirzner's treatment of the significance of entrepreneurial discovery for the complex plan coordination characterizing smoothly-operating economies has led many to reconsider the modern theoretical formulation of markets.
Mainstream treatments have eliminated the entrepreneur from the model of competitive capitalism, and therefore have reduced the professional and public understanding of and respect for capitalist dynamics. The implications of Kirzner's work for economics are vast-even if they are not always heeded within the professional community
terça-feira, 31 de janeiro de 2006
Kirnzer: prémio FSF-NUTEK
O suicídio dos liberais
O Intervencionismo internacional
"Liberalismos", José Manuel Fernandres
PS - Uma das frases mais liberais (em todas as dimensões do termo) da semana vi-a citada neste debate e provém de um documento que ainda não li com a devida atenção, mas que suspeito dará muito que falar. A frase é: "Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio de subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas forças sociais e conjugam espontaneidade e proximidade aos homens carecidos de ajuda". O documento citado é a primeira encíclica de Bento XVI, Deus Caritas Est. "
Paises em desenvolvimento
"O capital deve fluir dos países desenvolvidos para os que estão em desenvolvimento, porque são estes que precisam de mais investimentos", disse Chidambaram, acrescentando que se a situação actual se mantiver os Objectivos do Desenvolvimento para o Milénio para 2015 não serão cumpridos."
O "capital" flui para onde no mínimo consegue ser preservado. Ninguém ganharia, incluindo os próprios paises em desenvolvimento, que fosse de outra forma. Claro que parte do problema pode ser a cleptocracia organizada dos países em desenvolvimento e ajudados humanitáriamente, necessitar de "alocar" o produto da sua extorsão.
No fundo da questão é que o Estado Moderno falhou miseravelmente em muitas zonas do globo (e não é por muitas não serem democracias), seria preferivel a atomização política, com unidades étnicamente homogéneas, em vez de grandes Estados-não-Nação mal desenhados, e condenados ao ruido introduzido nas relações de poder político das tensões multi-étnicas-culturais.
Na base social, está a ausência de incentivos, ou melhor, a impossibilidade de acumulação de capital e divisão do trabalho, com base na familia e indivíduo, e quanto muito a comunidade local, o único factor de crescimento da civilização.
domingo, 29 de janeiro de 2006
Sobre a loucura de Ahmadineyad
Pero la segunda parte, esa de preparar al mundo para el fin del estado judío, es más delicada. Es cierto que el evangelio laico de Oriente Medio es el antisemitismo, proclamado cada hora desde Siria, Arabia Saudí y Pakistán. En estos lugares, los medios de comunicación del gobierno hacen retumbar cansinos sermones sobre “cerdos y monos”. Y, nuevamente, a Rusia y a China no les importa mucho lo que le pase a Israel en la medida en que su desaparición no les afecte en los negocios.
Pero Occidente es otra cosa. Allí, la historia del antisemitismo es de mucha importancia, enmarcada con el Holocausto que casi destruyó al pueblo judío europeo.
De modo que levantar dudas sobre ese genocidio es tan objetivo de Ahmadineyad, como apuntar sus armas al centro de Tel Aviv. La negación del Holocausto es un juego cansino pero su forma de abordarlo es distinta.
Ha estudiado la moderna mente postmoderna de Occidente, alimentada por la sagrada trinidad del multiculturalismo, la equivalencia moral y el relativismo. Como populista del Tercer Mundo, Ahmadineyad espera que su propio fascismo escape al escrutinio público si logra enumerar la suficiente cantidad de pecados pasados de Occidente. También entiende de victimismo. Así es que también sabe que para destruir a los israelíes, él –no ellos– debe convertirse en la víctima y que los europeos han de ser los que fuercen su mano. Citando a Ahmadineyad:
“De modo que les pregunto: Si en verdad ustedes cometieron ese gran crimen, ¿por qué la gente oprimida de Palestina debe ser castigada por ello? Si ustedes cometieron un crimen, son ustedes los que deberían pagar por ello.”
Ahmadineyad también comprende que hay millones de occidentales altamente educados pero cínicos, que no ven nada excepcional en su propia cultura. Si el democrático Estados Unidos tiene armas nucleares, ¿por qué no el Irán teocrático? “Los arsenales de Occidente rebosan a tope, sin embargo cuando es el turno de una nación como la mía para que desarrolle tecnología nuclear pacífica, ustedes objetan y recurren a las amenazas.”
Además, él sabe cómo funciona el relativismo occidental. De modo que, ¿quién puede decir que estos son “hechos”, o que esto es “verdad”, dada la tendencia de los poderosos a “construir” sus propias narrativas y llamar a ese resultado “Historia”? ¿No será que se exageró el Holocausto o que quizá hasta fue un invento, y que las simples cárceles se convirtieron en “campos de la muerte” gracias a un truco del lenguaje para apoderarse de tierra palestina?
Nos reímos pensando que todo esto es absurdo. Pero no deberíamos. El dinero, el petróleo y las amenazas han traído a los teócratas iraníes hasta el umbral mismo de un arsenal nuclear. Su extraordinario diagnóstico del malestar occidental los ha convencido ahora de que pueden fabricar cuidadosamente una realidad sin Holocausto en la cual los musulmanes son las víctimas y los judíos los agresores merecedores de castigo. Y por ende, el Irán moralmente agraviado (y nuclear) de Ahmadineyad podrá por fin, después de “cientos de años de guerra”, poner las cosas en su sitio en Oriente Medio.
Y entonces, a un mundo que desea continuar ganando dinero y conducir coches en paz no le importará mucho la forma cómo este hombre escogido por la divinidad termine finalmente con esa fastidiosa “guerra del destino”.
(via Falta de Tempo)
Abolição dos Serviços Nacionais
Uns poderão manter as estruturas de saúde selectivamente gratuitas, outras escolherem sistemas de concessão com atribuição de "vouchers" e incentivos aos planos individuais e empresariais (de saúde, educação, etc), ou ainda manter a universalidade limitada (para doenças de grau elevado, etc). Os Municípios podem cooperar para resolverem problemas de dimensão e localização, etc.
A preservação ambiental e os limites do mercado
Creio que a proliferação de compostos químicos agressores do ambiente como o DHMO deve levar até os liberais mais radicais a ponderar se, de facto, a procura incessante do lucro não estará a conduzir o nosso Ecossistema para o abismo. Para reflectir...
(via Tom Palmer, an environmentally conscious libertarian)
(post anteriormente publicado n'O Insurgente)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
"Já agora, que liberais utópicos exigem «a abolição imediata do SNS»?"
Pergunta Rodrigo Adão da Fonseca.
Bem, eu por exemplo. Mas não sou utópico porque apenas pretendo o direito ao fruto do meu trabalho, dos meus contratos, das minhas escolhas, da minha propriedade. Isso não é utopia porque foi essa mesma reinvidicação que fizeram os escravos e abolicionistas.
Péssima notícia...
"O Ministério das Finanças quer acabar, até ao final da legislatura, com as declarações anuais de IRS feitas pelos contribuintes, no âmbito das medidas de simplificação administrativa e tributária em curso. A informação recebida pela administração fiscal das entidades patronais e das entidades bancárias será suficiente para efectuar a declaração de cada contribuinte."
...o Estado é já tão eficiente a colectar informação e rendimentos que já nem precisa que declaremos o que quer que seja. Caminhamos para o totalitarismo....não, já lá chegamos.
My kind of liberal
[From Out of Step: The Autobiography of an Individualist, by Frank Chodorov; The Devin-Adair Company, New York, 1962, pp. 216–239.]
THE Encyclopaedia Britannica defines taxation as "that part of the revenues of a state which is obtained by the compulsory dues and charges upon its subjects." That is about as concise and accurate as a definition can be; it leaves no room for argument as to what taxation is. In that statement of fact the word "compulsory" looms large, simply because of its ethical content. The quick reaction is to question the "right" of the State to this use of power. What sanction, in morals, does the State adduce for the taking of property? Is its exercise of sovereignty sufficient unto itself? (...)
The State does not give; it merely takes.
All this argument, however, is a concession to the obfuscation with which custom, law and sophistry have covered up the true character of taxation. There cannot be a good tax nor a just one; every tax rests its case on compulsion."
What Empiricism Can't Tell Us, and Rationalism Can
It was argued that
(1) it is impossible to determine solely on empirical grounds whether or not empirically-derived propositions are "true" or whether they are instantiations of the post hoc ergo propter hoc fallacy, and
(2) that, as Johnson has argued, it is logically impossible to formulate a denial of the existence of synthetic a priori propositions that is not in itself a synthetic a priori proposition.
What implications does this have for the idea of progress in political science?
In the first place, recognition of the fact that synthetic a priori propositions do indeed exist should spur the political scientist to go out and find some of them! What possible reason could there be for a political scientist to remain in the necessarily hypothetical realm of empirical research if there is a method through which we can acquire necessary knowledge about human action?"
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Coisas do Iraque
Se existe coisa que caracteriza a Guerra do Iraque, é a profundidade com que tudo correu mal aos seus defensores e criticos dos criticos da guerra, uma boa parte destes com boas e sinceras intenções. A primeira armadilha em que cairam foi uma certa reacção primária ao anti-americanismo primário. Outra grave, é querem tomar posse dos argumentos de esquerda: pela democracia (o jacobinismo invadiu a direita), "já Clinton..." (claro que sim, pela mão dos neocons), Kosovo (a ajuda a um grupo separatista islamico), etc. Se calhar, com uma lupa até se encontram alguns pontos de raciocínio válidos mas tem que ser com uma grande lupa.
Estado Social e Princípio de Subsidiariedade
Consistente com tal, seria a Segurança Social, no que respeita à Pensão de Reforma e Subsídio de Desemprego, limitar-se a gerir um sistema compulsivo de transferência de rendimento entre contribuintes activos e beneficiários, para um valor próximo do salário mínimo, conseguindo-se com isso uma forte redução do actual Taxa (Imposto) da Segurança Social (34,75%) e com isso o aumento significativo do Salário "Líquido".
Um primeiro passo útil para a leitura do sistema seria assumir claramente essa transferência, dividindo-se a receita existente pelos beneficiários de forma proporcional às contribuições passadas. As fragilidades e lógica do sistema seriam imediatamente percepcionadas quer pelos contribuintes actuais (e beneficiários futuros). E com isso, a defesa do Princípio de Subsidiariedade, torna-se bem mais facilitada.
Hans-Hermann Hoppe em 10 Lições (Audio)
2. The Spread of Humans Around the World: The Extension and Intensification of the Division of Labor (Hoppe)
3. Money and Monetary Integration: The Growth of Cities and the Globalization of Trade (Hoppe)
4. Time Preference, Capital, Technology, and Economic Growth (Hoppe)
5. The Wealth of Nations: Ideology, Religion, Biology, and Environment (Hoppe)
6. The Production of Law and Order: Natural Order, Feudalism, and Federalism (Hoppe)
7. Parasitism and the Origin of the State (Hoppe)
8. From Monarchy to Democracy (Hoppe)
9. State, War, and Imperialism (Hoppe)
10. Strategy: Secession, Privatization, and the Prospects of Liberty (Hoppe)
Anomia internacional II
Spying row justifies crackdown on rights groups, claims Putin
President Vladimir Putin has claimed the recent unmasking of four British "spies" proved he was right to clamp down on the activities of human rights groups, despite trenchant criticism from the West.
Breaking his silence on the issue for the first time since the furore erupted on Sunday, Mr Putin suggested the spying debacle sent a powerful signal to the West. His message was clear: don't criticise me and stop meddling in Russia's domestic affairs.
His comments showed the scandal's deeply political nature and the fact that the episode has served as a useful device for the Kremlin to rebuff its external critics.
Moscow's central allegation was that MI6 was covertly funding 12 non-governmental organisations. It produced documentation which it claimed proved that. The scandal broke - some would say conveniently for the Kremlin - 12 days after Mr Putin signed a new law that brings non-governmental organisations under Soviet-style scrutiny."
Democracia no Médio Oriente
"Menachem Wolfovitch Begin... became the 6th Prime Minister of Israel in May 1977. (...) His father was a community leader, an ardent Zionist, and an admirer of Theodor Herzl. Both of Begin's parents perished in the Holocaust.(...) During the 1930s, Begin trained as a lawyer in Warsaw and became a key disciple of Vladimir "Ze'ev" Jabotinsky, the founder of the militant, nationalist Revisionist Zionism movement and its Betar youth wing.Forcing the British out of PalestineBegin quickly made a name for himself as a fierce critic of mainstream Zionist groups as being too co-operative with the "colonial" British, and as a proponent of military action against the British as necessary to achieve independence. In 1942, while the British were fighting Nazi Germany, he joined the Irgun (Etzel) and in 1947 assumed its leadership. He was determined to force the British government to remove its troops entirely from Palestine. He claimed that the British had reneged on their original promise of the Balfour Declaration, 1917, and that the White Paper of 1939 restricting Jewish immigration was a travesty. (...)Armed rebellion against the BritishBegin claimed that the policies of the British were pro-Arab. He issued a call to arms and from 1945-1948 the Irgun launched an all-out armed rebellion, attacking British installations and posts. He planned the bombing of the British administrative and military headquarters (at the luxurious King David Hotel) in Jerusalem that killed 91 people, including many British officers and troops, as well as Arab and Jewish civilians.(...)Tens of thousands of British troops were called in to quell this terrorist activity, but Begin and his Irgun continuously harassed the British until the day they pulled out of Palestine in 1948.(...)The Altalena affairIn 1948 Begin was at the center of the shipping of Irgun arms to Israel, ending in the sinking of the Altalena by gunfire ordered by David Ben-Gurion. Begin was onboard the ship, and a number of Irgun men were killed. It was assumed that Ben-Gurion was hoping that Begin would be killed too, but that did not happen. The leader of the troops firing on the Altalena was none other than the young Yitzhak Rabin.The Deir Yassin episodeBegin has been accused of being responsible for what transpired on the April 9, 1948, when commandos of the Irgun and the Lehi attacked Deir Yassin, an Arab village of about 750 residents located on high ground in the corridor between Tel Aviv and Jerusalem, and according to Plan Dalet, it was to be destroyed and the residents evacuated. Yet over 100 people were killed. " Wikepedia
Israel Kirnzer
(*) Tradução da minha inteira responsabilidade
(via Johan Norberg)
Também publicado n'O Insurgente
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
Já cá faltava..."Liberation, revolution"!
"Gingrich Calls for Regime Change in Iran: Former House Speaker Newt Gingrich, a potential 2008 Republican presidential candidate, says Iran President Mahmoud Ahmadinejad is as great a threat today as German dictator Adolf Hitler was in 1935, and the United States should not wait to help bring about a regime change in Iran."
Ps: Mas o novo Hitler e maior perigo não era Saddam em 1991 e 2003? E exactamente que perigo oferece o Irão para os EUA? E o regime do Irão não está menos afastado da democracia que a Síria ou a Arábia Saudita?
Anomia internacional
PS: Independentemtente da veracidade, o estado de anomia ("no rules") nas relações internacionais está cada vez mais perto. O conceito de direito internacional (com origem na experiência de séculos de convivência entre Estados de forma a minimizar os conflitos) parece já não fazer sentido para ninguém (a própria direita parece já nem saber o que tal seja). Toda a gente pode intervir em todo o lado. E isso mais a mania das alianças cruzadas só pode conduzir, claro, à maximização da probabilidade de guerras generalizadas entre Estados, por assuntos menores ou que não deviam dizer respeito.
O mundo não aprende nada. E é que agora, à direita só ouço falar de direitos humanos, das mulheres, da democracia (nem os casos proto-democráticos passam, só mesmo total democracia e voto universal), das revoluções e invasões por grandes causas, contra o fassismo, o despotismo teocrático, contra as excentricidades conservadoras morais e religiosas islâmicas. Não existe assunto e ordem social que diga respeito apenas aos outros e não a nós.
Vamos revisitar a "Grande Guerra"?
1- O Príncipe herdeiro do Império Austro-Hungaro é morto por um atentado terrorista financiado peos serviços secretos Sérvios.
2- A Áustria faz um ultimatum à Sérvia.
3- A Rússia é aliada da Sérvia.
4-A Alemanha do lado da Aústria e pede para a França não se intrometer (entretanto, o Kaiser é neto da Rainha Vitória e primo do Czar).
5- A França (um república iluminista que se lembra de ser aliada duma monarquia "absoluta") é aliada da Rússia.
6- A Alemanha entre duas frentes à muito que sabe (e era conhecido) que o seu único meio de saída militar é derrotar a França em tempo recorde e deslocar as tropas para a Rússia. Para isso "passa" pela Bélgica dando garantias de preservação da soberania e oferecendo o pagamento de danos.
7. A Inglaterra (um Império com 25% do território e população mundial), cuja população, o parlamento e o próprio governo, não sabia que de acordos (não tratados) com a França, conta com Churchill (germanofóbico) como o entusiasta pela entrada na Guerra.
8. A Inglaterra impõe o bloqueio maritimo mercantil (contra a noção de direito internacional vigente). Começa a campanha de informação que mais tarde Hitler menciona no seu livro e Goebbels refere como inspiração. São espalhados relatos e cartazes falsos da violência alemã na Bélgica, matança de crianças e violação de mulheres.
9. O navio Lusitânia carregando armas mas também passageiros americanos é afundado pelos submarinos alemães.
10. Wilson usa o acontecimento juntando um absurdo "guerra para acabar com as guerras" e "pela democracia" (como se a Alemanha e Aústria não tivessem já as suas Diets com eleição universal). Wilson acima de tudo é anti-monárquico mas em especial anti-império Austro-Húngaro. Wilson impede mesmo que as monarquias cheguem a um acordo aceitável como sempre foi tradição.
11. A Itália escolhe os "aliados" como meio de apanhar despojos de guerra (colónias). Facto mais tarde que está na origem do ressentimento fascista Italiano. Os Turcos escolhem os impérios centrais.
Intervalo para respirar: como se vê, em linguagem moderna e iluminada, os "aliados" ficaram do lado do Estado terrorista Sérvio.
12. O Império Britânico e Franceses repartem ainda durante a guerra o mapa da península àrabe. Na Palestina, é prometida soberania a judeus e árabes, por causa da luta contra os turcos. Mais tarde são criados países artificiais como o Libano e Siria (França) e Iraque (Império Britânico).
13. Na Rússia, Lenine chega (foi posto no comboio pelos alemães) e promete a paz. Wilsoninsistiu para que o Czar continue na guerra e os próprios sociais-democratas apoiam. Mas com o enfranquecimento do regime (e a maior deserção da história), a revolução dá-se e passado algum tempo, os comunistas, num golpe de Estado tomam o poder.
14. Depois da entrada americana, o discurso da Wilson e os seus 14 pontos, os alemães depõem as armas e retiram-se para a Alemanha.
15. Durante os próximos 9 meses (!!!), apesar dos alemães retirarem e aceitarem a proposta de Wilson, os "aliados" continuam o bloqueio alimentar, matando à fome centenas de milhares de alemães, até que estes (entretanto, é durante este periodo que o Kaiser "cai", e é já a república que assina tal tratado, o que não abonou a favor da sua estabilidade futura) são obrigados a assinar o" Tratado" de Versailles (a Áustria é reduzida em 75%, são criados paises artificiais como a Jugoslávia, a Checoslováquia, uma boa parte da população alemã fica assim espalhada fora da germânia, isso inclui a Polónia. A nova república é obrigada a assinar com tendo sido a "única" responsável pela guerra e a compensar todas as partes), que todo os diplomatas assumem como um erro.
16- O Senado Americano por duas vezes recusa o tratado de Versailles. É com a observação dos resultados da Grande Guerra que se forma o movimento isolacionista americano.
16. As monarquias na Europa caiem, com o tempo, são substituidas pelo fascismo e nazismo e a ameaça comunista. O Império Britânico vê aumentada a sua influência.
17- O Padrão Ouro desaparece coercivamente. As antigas liberdades do Liberalismo Clássico nunca mais voltam. Mais tarde, depois de um conflito que era já considerado inevitável à saida de Versailles, é Estaline que sai vencedor da Segunda Grande Guerra.
PS: Fico á espera que um simples enunciado de factos (com algumas considerações óbvias) que se encontram em qualquer enciclopédia seja considerado um post "revisionista".
Lucro Puro
E porque serão estes que em média, não só têm dos direitos de propriedade real uma noção relativa (enquando as cópias de música na internet serão ..."roubo puro e simples", como já ouvi de um artista nacional) como são capazes de condenar (ou perto disso) os lucros comparativamente limitados (na verdade os lucros tendem a corresponder apenas a um juro sobre o capital investido) das grandes empresas cujo investimento é elevadíssimo e o risco envolvido também?
PS: Adicionalmente são as grandes empresas que maiores beneficios trazem ao consumidor genérico. Um nova lâmina de barbear precisa de investimentos totais de investigação e produção de por exemplo 100 Milhões de Usd, e isto para beneficiar todos os consumidores da alta tecnologia a "preços de super-mercado" e... ainda dar lucro (poupança entre receitas e custos que permite investimento adicional).
Direito de voto
O direito de voto dos imigrantes ,Rui Marques
"As democracias liberais devem ter a coragem de dar um passo de abertura à plena participação política - activa e passiva e em todos os actos eleitorais - de imigrantes residentes de longa duração. Portugal, com as necessárias alterações na Constituição e na lei, pode e deve estar na primeira vaga dos países a seguir esta expansão da democracia
Tendo em conta que a Democracia política é o sistema social pelo qual todos têm igual acesso a decidir sobre os direito de propriedade e liberdade contratual de todos os outros (esta afirmação subavalia o efeito de na prática ser uma elite com incentivos de curto prazo a ter esta capacidade),
...é fácil concluir sobre o conflito de interesses de tal sistema: os contribuintes líquidos e sujeitos à legislação da sua propriedade versus os beneficiários líquidos (no mínimo: funcionários públicos, pensionistas, receptores de subsídios directos e indirectos- inclui apoio a empresas/etc) e da regulamentação da propriedade dos outros. Junte-se a isto a diversidade étcnica/religiosa/nacional...
China - o motor do crescimento mundial
"O saldo comercial excedentário continua a ser um dos grandes suportes do crescimento acentuado do PIB chinês nos últimos anos. Em 2005, o avanço desta rubrica atingiu 9,9 por cento, por comparação a 2004, somando 2248 mil milhões de dólares (1827,4 mil milhões de euros).
O valor do PIB de 2005 eleva a economia chinesa à quarta posição do mundo, suplantando a economia francesa, que valia dois mil milhões de dólares (1625,6 mil milhões de euros) em 2004, e a do Reino Unido, que atingiu um PIB de 2140 mil milhões de dólares (1739,4 mil milhões de euros) no mesmo ano, segundo dados do Banco Mundial"
PS: E o que significa "crescimento da economia"?
1- A descida dos preços mundiais de certos produtos (produzidos na China)...
2- ...permite o consumo adicional de novos produtos produzidos pelos recursos (bens de capital, mão de obra, terra) entretanto libertados (no resto do mundo)
3. O processo de mudança é tanto mais inócuo (rápido e progressivo) e quanto menos restrições coercivas existirem à re-afectação de recursos (lei das falências, do trabalho, restrições ao comércio livre, etc).
A oportunidade das Presidenciais
O que me parece é que o PSD e CDS/PP não têm nada a perder nesta legislatura Sócrates-Cavaco.
O único caminho racional é empurrar o tom reformista, antecipando-se a Sócrates e criticando as meias reformas. O tema principal seria o princípio da subsidariedade do Estado-Social, com a adopção do conceito de pensões de reforma e subsídio de desemprego minimalistas (salário mínimo?), assim como o sector público da educação e saúde pública deve assumir a sua justificação como prestador de serviços dos menores rendimentos. Tudo isso permitiria o tal choque fiscal. E não esquecer a continuação do projecto inicial das comunidades municipais.
Quanto aos liberais, a minha tese é que devem teimar na reforma do sistema:
- A adopção da taxa única de impostos (IRS, IVA, IRC) como forma de racionalizar o debate político no lado da receita.
- A defesa da tal segurança social mínima por um lado (o sistema compulsivo destina-se apenas a um pensão de reforma e subsídio de desemprego num valor próximo do salário mínimo), adoptando-se desde já o princípio da distribuição (proporcional à contribuição acumulada) da receita pelos beneficiários.
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Sunitas no Irão
Deep in the lawless triangle connecting Iran, Pakistan and Afghanistan, eight terrified Iranian soldiers are being held hostage by a Sunni group that is vowing to "slaughter" them if Teheran does not bow to its demands.(...)
The emergence of a fanatical Sunni group operating inside Iran's south-eastern border poses a startling new threat to the country's Shia clerical regime.
It already faces a crisis with the West over its nuclear ambitions, the risk of pre-emptive Israeli strikes and the undermining by a Sunni-dominated insurgency of the pro-Iranian regime which has begun to emerge in neighbouring Iraq.
Now, Iran's own Sunnis, who number six million of the country's 68 million population and are the majority in some south-eastern provinces, are becoming restless - and groups like Jundallah are emerging from the shadows."
PS: Ou como um regime Sunita no Iraque seria sempre um factor de equilibrio regional. Agora já é tarde, claro...
America's benevolent global hegemony
The striking thing about the present international situation is the degree to which America remains what Bill Clinton once called "the indispensable nation." Despite global opinion polls registering broad hostility to George W. Bush's United States, the behavior of governments and political leaders suggests America's position in the world is not all that different from what it was before Sept. 11 and the Iraq war.
(...)
It remains the case, too, that in many crises and potential crises around the world, local actors and traditional allies still look primarily to Washington for solutions, not to Beijing, Moscow or even Brussels. The United States is the key player
in the Taiwan Strait. It would be the chief intermediary between India and Pakistan in any crisis. As for Iran, everyone on both sides of the Atlantic knows that, for all the efforts of British, French and German negotiators, any diplomatic or military resolution will ultimately depend on Washington.
Even in the Middle East, where hostility to the United States is highest, American influence remains remarkably high. Most still regard the United States as the indispensable player in the Israeli-Palestinian conflict. The Bush administration's push for democracy, though erratic and inconsistent, has unmistakably affected the course of events in Egypt, Jordan, Saudi Arabia and Lebanon -- never mind Iraq. Contrary to predictions at the time of the Iraq war, Arab hostility has not made it impossible for both leaders and their political opponents to cooperate with the United States.
This does not mean the United States has not suffered a relative decline in that intangible but important commodity: legitimacy. A combination of shifting geopolitical realities, difficult circumstances and some inept policy has certainly damaged America's standing in the world. Yet, despite everything, the American position in the world has not deteriorated as much as people think. America still "stands alone as the world's indispensable nation," as Clinton so humbly put it in 1997. It can resume an effective leadership role in the world in fairly short order, even during the present administration and certainly after the 2008 election, regardless of which party wins. That is a good thing, because given the growing dangers in the world, the intelligent and effective exercise of America's benevolent global hegemony is as important as ever.
Puritanismos
Porque será que é tão rara a menção aos dois tipos de violência existentes no Iraque? Por causa de uma cegueira moralista (será um novo tipo de puritanismo?) obscurantista que impede qualquer tipo de reflexão ponderada, e que "obriga" a falar apenas de "terrorismo". Apesar de tudo, já começa a ser consensual as variáveis presentes, os interesses opostos na realidade étnica de Sunitas (mias seculares e tolerantes mas na defesa da unidade do Estado-Naçao), Xiitas (sujeitos a influência iraniana embora conservem a sua identidade árabe não-persa e às vezes anti-persa), Kurd s (procuram a sua nação independente e a sua fatia de recursos petroliferos), os insurgentes Nacionalistas versus terrorismo ideológico da AqQaeda, influência iraniana, etc. Não que tudo não fosse previsível antes da invasão.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
O desastre continua a formar-se
US Military: Iraqis Elected al-Qaeda Supporters
Shi'ite-Kurd Alliance Undermines US Goals in Iraq
Iran Sanctions Could Drive Oil Past $100
Sympathy for al-Qaeda Surges in Pakistan
Nas apostas (via tradesports, negociação de probabilidades)
AIRSTRIKE.IRAN.JUN06
Compra: 14.0
Venda: 16.4
AIRSTRIKE.IRAN.DEC06
Compra: 25.3
Venda: 28.0
AIRSTRIKE.IRAN.MAR07
Compra: 35.1
Venda: 35.9
* Method in Ahmadinejad's Madness by Said Amir Arjomand: What's he thinking? The U.S. invasion of non-nuclear Iraq showed Iran it needed a bomb to stay safe
Ainda os Escolásticos, Adam Smith, Calvinistas e Católicos...
"(...) It turns out that the Scholastics were not simply "medieval," but began in the thirteenth century and expanded and flourished through the sixteenth and into the seventeenth century. Far from being cost-of-production moralists, the Scholastics believed that the just price was whatever price was established on the "common estimate" of the free market. Not only that: far from being naïve labor or cost-of-production value theorists, the Scholastics may be considered "proto-Austrians," with a sophisticated subjective utility theory of value and price.
Furthermore, some of the Scholastics were far superior to current formalist microeconomics in developing a "proto-Austrian" dynamic theory of entrepreneurship. Moreover, in "macro," the Scholastics, beginning with Buridan and culminating in the sixteenth-century Spanish Scholastics, worked out an "Austrian" rather than monetarist supply and demand theory of money and prices, including interregional money flows, and even a purchasing-power parity theory of exchange rates.
(...) Instead of subjective value, entrepreneurship, and emphasis on real market pricing and market activity, Smith dropped all this and replaced it with a labor theory of value and a dominant focus on the unchanging long-run "natural price" equilibrium, a world where entrepreneurship was assumed out of existence. Under Ricardo, this unfortunate shift in focus was intensified and systematized.
(...) It turns out that, rather than someone who should be venerated as creator of modern economics or of laissez faire, Smith was closer to the picture portrayed by Paul Douglas in the 1926 Chicago commemoration of the Wealth of Nations: a necessary precursor of Karl Marx.
(...) Also fascinating if more speculative was Kauder's estimate of the essential cause of a curious asymmetry in the course of economic thought in different countries.
Why is it, for example, that the subjective utility tradition flourished on the Continent, especially in France and Italy, and then revived particularly in Austria, whereas the labor and cost-of-production theories developed especially in Great Britain?
Kauder attributed the difference to the profound influence of religion: the Scholastics, and then France, Italy, and Austria were Catholic countries, and Catholicism emphasized consumption as the goal of production and consumer utility and enjoyment as, at least in moderation, valuable activities and goals.
The British tradition, on the contrary, beginning with Smith himself, was Calvinist, and reflected the Calvinist emphasis on hard work and labor toil as not only good but a great good in itself, whereas consumer enjoyment is at best a necessary evil, a mere requisite to continuing labor and production.
(...) Even though Smith was a "moderate" Calvinist, he was a staunch one nevertheless, and I came to the conclusion that the Calvinist emphasis could account, for example, for Smith's otherwise puzzling championing of usury laws, as well as his shift in emphasis from the capricious, luxury-loving consumer as the determinant of value, to the virtuous laborer embedding his hours of toil into the value of his material product.
But if Smith could be accounted for by Calvinism, what of the Spanish-Portuguese Jew-turned-Quaker, David Ricardo, surely no Calvinist? Here it seems to me that recent research into the dominant role of James Mill as mentor of Ricardo and major founder of the "Ricardian system" comes strongly into play. For Mill was a Scotsman ordained as a Presbyterian minister and steeped in Calvinism; the fact that, later in life, Mill moved to London and became an agnostic had no effect on the Calvinist nature of Mill's basic attitudes toward life and the world. Mill's enormous evangelical energy, his crusading for social betterment, and his devotion to labor toil (as well as the cognate Calvinist virtue of thrift) reflected his lifelong Calvinist world-outlook.
John Stuart Mill's resurrection of Ricardianism may be interpreted as his filiopietist devotion to the memory of his dominant father, and Alfred Marshall's trivialization of Austrian insights into his own neo-Ricardian schema also came from a highly moralistic and evangelical neo-Calvinist.
Conversely, it is no accident that the Austrian School, the major challenge to the Smith-Ricardo vision, arose in a country that was not only solidly Catholic, but whose values and attitudes were still heavily influenced by Aristotelian and Thomist thought. The German precursors of the Austrian School flourished, not in Protestant and anti-Catholic Prussia, but in those German states that were either Catholic or were politically allied to Austria rather than Prussia.
The result of these researches was my growing conviction that leaving out religious outlook, as well as social and political philosophy, would disastrously skew any picture of the history of economic thought. This is fairly obvious for the centuries before the nineteenth, but it is true for that century as well, even as the technical apparatus takes on more of a life of its own.
In consequence of these insights, these volumes are very different from the norm, and not just in presenting an Austrian rather than a neoclassical or institutionalist perspective."
Mmm-mmm... Ain't that a piece of bad way...!
1. O NOVO PRESIDENTE
Cavaco Silva ganhou por décimas, é certo, mas, exceptuando a eleição de Ramalho Eanes em 1976, nunca um candidato foi eleito para um primeiro mandato com um abismo de 30% a separá-lo do segundo mais votado. Isto deve ser tido em consideração por quem já menoriza esta eleição à primeira volta.
Resta agora esperar pelo desempenho do presidente Cavaco Silva, que, estou convencido, vai surpreender muita gente. Cavaco vai querer ser o social-democrata do consenso (até porque segundo mandato oblige) e não estará propriamente a mudar a sua maneira de ser. Se passou por reformista enquanto primeiro-ministro foi porque dificilmente poderia ser outra coisa vindo o País do socialismo hard core onde o metera a revolução e pedindo a União Europeia as reformas que pedia. E a verdade é que, nessa conjuntura, fez o mínimo que podia, fortalecendo em paralelo toda a tendência anterior para a consolidação do Estado Social herdado da II República.
A grande tentação de Cavaco (e isso também não será inédito) será tentar agradar à esquerda que não votou nele, querendo provar que não é o presidente da "direita". Algumas "brincadeiras" desta campanha acentuar-se-ão e a disposição de Cavaco de partilhar com o governo o ónus de algumas (poucas) reformas em curso será muito limitada. Aliás, e isto é mais grave, parece-me que essa atitude de Cavaco como o social-democrata do consenso vai funcionar sobre o governo como um grande incentivo à moderação da já fraca vontade reformista do gabinete de Sócrates. O bloco central só não irá funcionar porque Cavaco não estará interessado nisso.
2. A NOITE DE ONTEM
O melhor discurso da noite foi o de Mário Soares. O homem pode ter muitos defeitos, mas sabe perder com dignidade. Não resvalou para o mau perder em nenhuma das frases que proferiu. E o seu discurso estava bem construído e equilibrado.
Já José Sócrates conseguiu protagonizar o pior da noite, ele que foi um dos maiores derrotados de ontem (já lá vamos). Ao falar à imprensa logo que Manuel Alegre começou a discursar (ao mesmo tempo que falava em "contar com todos"), Sócrates cometeu um erro escusado e aparentemente revelador de mau perder. Helena Roseta teve absoluta razão ao indignar-se com o comportamento das televisões, que seguiram subservientemente a estratégia do primeiro-ministro, colocando-o no ar e cortando a palavra a Alegre. Este foi o segundo candidato mais votado, com um quinto dos votos, e a noite era sua, não era do chefe do governo, que não era parte na eleição. Talvez Sócrates esteja, involuntária e desnecessariamente, a provocar uma cisão no Partido Socialista.
3. SEPARAÇÃO DE PODERES
A opção de José Sócrates apoiar um candidato à Presidência não é nova entre os chefes de Governo. Mas até pelo que sucedeu nesta eleição, talvez este hábito devesse ser repensado. Por que razão há-de o detentor de um órgão de soberania (o primeiro-ministro, chefe do Governo) ter um candidato a outro órgão de soberania? Talvez possa, mas tenho muitas dúvidas que deva. Porque isso compromete a sua própria legitimidade aos olhos de muita gente em caso de derrota do seu candidato, enfraquecendo o governo, mas também e sobretudo por causa da necessária separação de poderes. O primeiro-ministro é em parte responsável perante o Presidente da República e não faz muito sentido ficar depois sob um Presidente que combateu na contenda eleitoral. O que isto implica provavelmente é que os chefes do governo, nessas funções, não acumulem a liderança dos seus partidos e não se imiscuam directa e publicamente na eleição do chefe de Estado.
Esta separação de águas tem outra vantagem. No caso do partido do primeiro-ministro não ter um candidato único (aceite por todos os militantes), o desfecho da eleição presidencial causará menos estragos ao governo e à relação com o partido que o apoia. Uma lição que, para Sócrates, teria sido bem mais conveniente do que a alhada em que se meteu.
domingo, 22 de janeiro de 2006
Roger Scruton: liberalismo e conservadorismo; filosofia e verdade
MG: What about the reaction among conservatives? I'm thinking in particular of your criticism of certain capitalist arguments. While noting the conservative affinity for private property, you say in your book that these arguments "present us with a vision of politics that is desultory indeed, as though the sole aim of social existence were the accumulation of wealth and the sole concern of politics the discovery of the most effective means to it." Did your lack of enthusiasm for free markets win you a warm reception with members of the Conservative Party?
Scruton: So far as I know The Meaning of Conservatism elicited no response whatsoever from the Conservative Party or those connected with it. There was, at the time, a small circle of intellectual conservatives at the London School of Economics -- a legacy from the days when Oakeshott and Popper both taught there -- and another at Cambridge. Neither of them seemed to notice the book. The Conservative Party was very much in the grip of the free market ideology relayed by the Institute for Economic Affairs. The view of the IEA at the time was that I, and the Salisbury Review which I founded, should be avoided, as exhibiting dangerous tendencies towards extremism, fascism etc., or alternatively as being part of a sophisticated KGB operation to split the Conservative Party. Later, however, the IEA's Social Affairs Unit, under the leadership of Digby Anderson, developed in a direction that I felt closer to, and broke away from the IEA.
MG: What deleterious consequences result from the "free market ideology" you mention? Are there particular economic arrangements that conservatives ought to prefer?
Scruton: The free market is a necessary part of any stable community, and the arguments for maintaining it as the core of economic life were unanswerably set out by Ludwig von Mises. Hayek developed the arguments further, in order to offer a general defence of "spontaneous order", as the means to produce and maintain socially necessary knowledge. As Hayek points out, there are many varieties of spontaneous order that exemplify the epistemic virtues that he values: the common law is one of them, so too is ordinary morality.
The problem for conservatism is to reconcile the many and often conflicting demands that these various forms of life impose on us. The free-market ideologues take one instance of spontaneous order, and erect it into a prescription for all the others. They ask us to believe that the free exchange of commodities is the model for all social interaction. But many of our most important forms of life involve withdrawing what we value from the market: sexual morality is an obvious instance, city planning another. (America has failed abysmally in both those respects, of course.)
Looked at from the anthropological point of view religion can be seen as an elaborate (and spontaneous) way in which communities remove what is most precious to them (i.e. all that concerns the creation and reproduction of community) from the erosion of the market. A cultural conservative, such as I am, supports that enterprise. I would put the point in terms that echo Burke and Chesterton: the free market provides the optimal solution to the competition among the living for scarce resources; but when applied to the goods in which the dead and the unborn have an interest (sex, for instance) it wastes what must be saved.
(...)
MG: The sort of conservatism you espouse is not easily expressed in slogans, nor do the arguments for it seem as easily mastered as those advanced in behalf of more populist varieties. What hope, if any, does your vision of conservatism have for gaining ascendancy?
Scruton: Of course it is not easy to put my kind of conservatism into slogans. That is a defect in slogans, and not in my conservatism. You cannot put Hayek's theory of the common law, Kant's theory of republican government, or Hegel's theory of civil society into slogans. But they are true, for all that. A philosophy is nothing if it does not aim at truth. (That is why Jacques Derrida and Giles Deleuze are not philosophers.) [destaques meus]
(via Nicolai Foss)
A bomba de Chirac e a França "humilhada, frustrada e sem destino"
Culturalmente, a França desapareceu. Da antiga “grandeza” caiu de repente para o melancólico estatuto de uma província insignificante e barata, para reformados de países ricos. Como potência, também não conta. Perdeu a guerra e o império. A vanglória “gaullista” não lhe serviu de nada. Na “Europa”, pesa muito menos do que já pesou e, como de costume, continua economicamente atrás da Alemanha e da Inglaterra. Pior ainda: a tão falada “universalidade” política francesa, que se fundava na suposta natureza “libertadora” da revolução, perdeu qualquer sentido com o colapso da URSS e o revisionismo histórico recente. Os carros que arderam há meses de norte a sul foram o símbolo da morte inescapável dessa “ideia da França” ou, se quiserem, dessa ilusão francesa. A bomba de Chirac vem de uma nova França, humilhada, frustrada e sem destino. E a fraqueza ameaça. Como o desespero.
(via Da Literatura)
República e Cesarismo
A visão de Yoo do alargamento dos poderes presidenciais implica, inevitavelmente, a revisão das competências e atribuições do Congresso. O académico retira ao ramo legislativo quase todo o protagonismo em termos de política externa, considerando que as suas capacidades se esgotam na produção e aplicação de legislação em assuntos domésticos e na apropriação do orçamento federal.
As suas visões - imediatamente apadrinhadas pelos grupos conservadores - resultam de uma interpretação da Constituição do ponto de vista da sua "intenção original"; num jogo de palavras, John Yoo defende que onde os fundadores da nação escreveram que o Congresso tinha autoridade para "declarar a guerra", se referiam a uma mera formalidade processual destinada a confirmar o direito do poder executivo de "iniciar a guerra"."
PS: A cada eleição presidencial que passa, mais monárquico me torno. Curioso com as repúblicas procuravam justificar-se com a necessidade de retirar os poderes de fazer guerra (isto é, das comparativamente inócuas disputas monárquicas).
sábado, 21 de janeiro de 2006
Apaziguamento?
É curioso que, perante a ameaça nuclear do Irão, vários comentadores se tenham lembrado imediatamente da Alemanha nazi.
O mito do "apaziguamento" de Hitler, ou, no caso, a sua versão vulgar, continua vivo. Nos velhos, como José Cutileiro, e também nos novos, como João Pereira Coutinho, e mesmo, com muito mais perigo, em Jacques Chirac, para nosso mal, Presidente da França. Sucede que não há qualquer semelhança, nem sequer "paralelismo" (para usar uma palavra "moderna"), entre a situação da Europa em 1935-39 e a situação que hoje se vive no Médio Oriente. O plano de Rumsfeld para ocupar o Iraque, que se inspirava no modelo de 1945 para a Alemanha, já provou isso à saciedade. Mas parece que ninguém aprendeu e que o "apaziguamento" volta a servir de exemplo a quem pensa razoável (e possível) submeter o islão pela força.
O "apaziguamento" tinha uma lógica, que o fracasso fez esquecer.
O tratado de Versailles impusera à Alemanha uma paz cartaginesa, universalmente condenada e que a própria Inglaterra estava disposta a corrigir. Até certo ponto (difícil de estabelecer), não era extravagante pensar que a reafirmação nacional da Alemanha a pudesse trazer a posições mais moderadas. Se agora sabemos que Hitler queria a guerra desde o princípio, os contemporâneos não sabiam. Ainda por cima, e tirando a aberração (que se esperava efémera) do nazismo, não custava imaginar um entendimento durável com a Alemanha educada e cristã, parte da história comum do Ocidente.
Em 2005, o problema com o Irão, como em geral com o mundo muçulmano, não é um problema de "apaziguamento", é um problema de estratégia militar e política. Claro que a classe média do Ocidente não aprovará nada que perturbe o seu repouso e prazer e que a "Europa", a bem do Estado providência, acabou por ficar impotente e desarmada. E claro que a fraqueza interna de Bush (que a Al-Qaeda já tenta explorar) e a relativa paralisia de Israel complicam as coisas. Só que muito para lá disso existem duas questões de essência. Primeira questão: como intervir? Com um ataque aéreo provavelmente ineficaz? Com armas nucleares, como insinuou Chirac? Com uma invasão em forma sem um objectivo plausível e finito? Segunda questão, e não menos decisiva: quem vai substituir Ahmadinejad e afins do Irão à Síria? Sem uma resposta clara e positiva a estas perguntas é inútil esperar seja o que for das democracias do Ocidente.
Não porque elas desejem "apaziguar" o radicalismo islâmico, mas porque não se querem meter num beco sem saída, como o Iraque. Pior do que o Iraque.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
Mises sobre as duas boas guerras
"Ludendorff had dispatched Lenin to Russia in order to overthrow the Kerensky regime and to bring about the defection of Russia. The Bolshevists fought by force of arms all those Russians who wanted to continue the alliance with France, Great Britain and the United States. From a military point of view it was impossible for the Western nations to stay neutral while their Russian allies were desperately defending themselves against the Bolshevists. For the Allied Nations the Eastern Front was at stake. The cause of the "White" generals was their own cause. As soon as the war against Germany came to an end in 1918, the Allies lost interest in Russian affairs. There was no longer any need for an Eastern Front.
It was very unfortunate indeed that the Allied Nations had been willynilly entangled in the Russian Civil War. It would have been better if the military situation of 1917 and 1918 had not compelled them to interfere.
(...) But one must not overlook the fact that the abandonment of intervention in Russia was tantamount to the final failure of President Wilson's policy. The United States had entered the war in order to make "the world safe for democracy." The victory had crushed the Kaiser and substituted in Germany a republican government for the comparatively mild and limited imperial autocracy. On the other hand, it had resulted in Russia in establishing a dictatorship compared with which the despotism of the Czars could be called liberal. But the Allies were not eager to make Russia safe for democracy as they had tried to do with Germany.
After all, the Kaiser's Germany had parliaments, ministers responsible to the parliaments, trial by jury, freedom of thought, of religion and of the press not much more limited than in the West, and many other democratic institutions. But Soviet Russia was an unlimited despotism.
The Americans, the French and the British failed to see things from this angle.
(...) The disintegration of the Hapsburg Empire in 1918 and the Nazi defeat in 1945 have opened the gates of Europe to Russia. Russia is today the only military power on the European continent. " Planned Chaos by Ludwig von Mises
The Abdorrahman Boroumand Foundation
The Abdorrahman Boroumand Foundation for the promotion of human rights and democracy in Iran (ABF) is a non-governmental non-profit organization dedicated to the promotion of human rights and democracy in Iran. The Foundation is an independent organization with no political affiliation. It is Named in memory of Dr. Abdorrahman Boroumand, an Iranian lawyer and pro-democracy activist who was assassinated allegedly by the agents of the Islamic Republic of Iran in Paris on April 18, 1991, the Foundation believes that promoting human rights awareness through education and the dissemination of information are necessary prerequisites for the establishment of a stable democracy in Iran.
We are now a people of the government, for the government, by the government
The Roads to Serfdom,Theodore Dalrymplem City Journal
Como é que...
Não seria mais lógico pegar no alto orçamento global de ajudas às empresas e "projectos" e descer a Taxa de IRC para todas as empresas?
Eu sei quem perderia com tal: todo o aparelho burocrático e influências políticas que populam à volta da "selecção de projectos e empresas merecedoras de ajudas.
"France 'would use nuclear arms' "
- Derrotaram os Prussos (e o resto do exércitos europeus) com Napoleão
- Declararam guerra à Alemanha em 1871 sem condições para o fazer
- Declararam guerra à Alemanha em 1914 sem condições para o fazerem
- Declararam guerra à Alemanha na Segunda Grande Guerra sem condições para o fazerem
Assim, acusar a Nação Francesa - que serviu os interesses do mais distante, relutante e protegido, e bem maior Império, do outro lado do canal - com tal história de declarações de guerra imprudentes, de pacifismo como quem fala de cobardia é a olhos vistos uma asneira pegada. Portanto, se vierem voltar a ajudar o mundo a fazer asneira (todas elas foram asneira, mas os anti-franceses-mas-pelas-boas-2-gerras-mundiais conseguem ao mesmo tempo desprezar os franceses e exultar as guerras que eles mais do que todos tiveram coragem de começar) será por demais business as usual.
Re: João Galamba
"O regime sinistro que assusta o ocidente e oprime o povo Iraniano -curiosamente- talvez nao existisse se a CIA e os Ingleses tivessem agido de forma diferente em 1953.Parece-me que o mundo e uma parte significativa dos Iranianos deseja que o Irao apague os ultimos cinquenta anos da sua historia e volte milagrosamente a 1953. Ironico, nao e'?"
Pois, irónico é que perante os resultados de cada intervencionismo, a solução passa sempre por aumentar ainda mais a parada para depois nos depararmos com mais consequências adicionais. É o ciclo do estatismo. Talvez valha a pena recordar que antes da invasão do Iraque (e até depois!) o regime do Irão dava passos de abertura. Estar agora (olhar para o mapa por favor) rodeado de tropas infieis no Iraque e Afeganistão não deve contribuir em nada para normalização do regime, o qual aliás, ao ter eleito um não "Mullah" mostra bem que o regime não é assim tão teocrático como isso (e aliás, se calhar, infelizmente...as teocracias têm uma vantagem...o seu totalitarismo está bem delimitado pela religião...não são como as repúblicas que não encontram restrições filosóficas à tirania).
Re: VDH II
"Saddam French" é mencionado. A ajuda a Saddam numa guerra suja contra o Irão fica enterrada, claro. Agora, porque raio iria o Irão atacar Israel que deveter cerca de 200 ogivas nucleares contruidas em segredo e fora do acordo de não-proliferação?
"But 2006 is not 1981. We are in war with Islamic radicalism, at the moment largely near the Iranian border in Iraq and Afghanistan. The resulting furor over a “Zionist” strike on Shia Iran might galvanize Iraqi Shiites to break with us, rather than bring them relief that the Jewish state had eliminated a nearby nuclear threat and had humiliated an age-old rival nation and bitter former enemy. Thousands of Americans are in range of Iranian artillery and short-term missile salvoes, and, in theory, we could face in Iraq a conventional enemy at the front and a fifth column at the rear."
Pois, mas os "Iraqi Shiites" são um problema criado pelo próprio VDH, isso e o "ethnic cleasing" a que os Sunistas têm sido sujeitos. Divertem-se a acabar com os insurgentes nacionalistas mas quem vai sobreviver são a AlQaeda e o Shiitas.
"If the Israeli raids did not take out the entire structure, or if there were already plutonium present in undisclosed bunkers, then the Iranians might shift from their sickening rhetoric and provide terrorists in Syria and Lebanon with dirty bombs or nuclear devices to “avenge” the attack as part of a “defensive” war of “striking back” at “Israeli aggression”. Europeans might even shrug at any such hit, concluding that Israel had it coming by attacking first."
Tipico dircurso de apelo ao medo irracional. Os Nazis faziam o mesmo em relação aos judeus e eslavos. Mas é verdade que um ataque Israelita poderá desencadear o inferno. Mas a culpa será de quem, de quem reage a um ataque (na mais pura tradição de blitzrieg israelita) ou de quem ataca?
"After Iraq, a hit on Iran would confirm to the Middle East Street a disturbing picture of American preemptory wars against Islamic nations.
Tem toda a razão meu caro. É olhar para o mapa e ver quem tropas onde, e quem ocupa quem. West Bank/etc, Iraque, Afeganistão, Arabia Saudita, etc. Se me puderem esclarecer sobre o perigo militar da invasão islâmica do mundo através de um mapa eu agradecia. Tudo isto por causa de um golpe de sorte de terrorismo ideológico de Bin Laden, que pouco apoio tem efectivo, e cujos regimes árabes querem combater pelo significado subversivo que contém contra os Estados Árabes.
"Experts warn that we are not talking about a Clintonian one-day cruise-missile hit, or even something akin to General Zinni’s 1998 extended Operation Desert Fox campaign"
Estará a falar de um missel sobre um fábrica de aspirinas no meio do affair "Monica"?
"The Europeans and the Americans right now must accelerate their efforts and bring the crisis to a climax at the Security Council to force China and Russia publicly to take sides. India, Pakistan, and the Arab League should all be brought in and briefed on the dilemma, and asked to go on record supporting U.N. action. "
É lógico que quem até agora construiu armas nucleares e misseis em segredo pretende autoridade moral para impedir os outros de o fazer.
"Finally, the public must be warned that dealing with a nuclear Iran is not a matter of a good versus a bad choice, but between a very bad one now and something far, far worse to come."
E aqui está. "Le piece de resistance". A escolha entre dois males. Tipo Estaline e Hitler (sabemos qual foi o resultado...para Estaline).
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
Re: Victor Davis Hanson I
As noticias de ajuda ao terrorismo na Palestina são...bem, um pouco exageradas. Comparem a a capacidade de matar tetraplegicos com um missel a partir de um F16 e o terrorismo de suicidas, e consegue-se ter uma boa perspectiva de quanta ajuda tem uma parte e outra.
2. "Terrorism, vast petroleum reserves, nuclear weapons, and boasts of wiping neighboring nations off the map are a bad combination."
Na verdade, é a realidade económica do petróleo que mantém os regimes árabes afastados do terrorismo ideológico da AlQaeda. E recorde-se no inicio defendiam mesmo a queda dos regimes do Egipto e Arábia Saudita. Coitados...
E colocar o terrorismo com origem em conflitos territoriais e o ideológico no mesmo plano é mesmo o primeiro passo para contribuir que ambos acabem um dia por virem a unir-se.
3. "First is the ostrich strategy — see and hear no evil, if extending occasional peace feelers out to more reasonable mullahs. Hope that “moderates” in the Iranian government exercise a restraining influence on Mr. Ahmadinejad. Sigh that nuclear Iran may well become like Pakistan — dangerous and unpredictable, but still perhaps “manageable.” Talk as if George Bush and the Iranians both need to take a time out."
Os Neocons têm um jeito especial para usar a linguagem, um domínio que vem das origens marxistas, conseguem usar o termo "mullahs" como quem fala de fassistas e mesmos nazis. Assim como usam o "islamo-fascismo" como quem não vê que os estados fascistas são seculares e os islamicos são teocráticos/monárquicos.
Agora, porque será que o actual presidente foi eleito de supresa quando os sábios comentadores da National Review apostavam em eleições totalmente deturpadas a favor de um doa..."mullahs"? Pois, aparece um candidato mais novo, não teocrático mas mais conservador - deve ter sido o tal efeito dominó iluminista.
4."The West could press the U.N. more aggressively — repeatedly calling for more resolutions, and, ultimately, for sanctions, boycotts, and embargos, energizes our allies to cut all ties to Iran, and provides far more money to dissident groups inside Iran to rid the country of the Khomeinists. "
Sempre as sanções...e a mania de financiar revoluções...como a que foi feita no Afeganistão com Bin Laden? (Reparem agora na variação para..."Khomeinists", como quem diz "comunistas"... inteligente)
E consegue-se hoje ser assim tão aberto quanto a financiamento de revoluções? A Rússia bem que tem razão em fechar todos as organizações políticas com ligações "externas" e o seu jogo perigoso e insensato de a rodear com a Nato. Num beco sem saida os animais atacam.
E será demais voltar a lembrar, que apesar de tudo, o estatuto "demo-teocrático" é capaz de ser bem mais "democrático" do que a Siria, ou quem sabe de "aliados" como o Qatar? Se bem que o Qatar sendo menos democrático (e mais monarquia absoluta) tem sem dúvida mais liberdade, não que VDH esteja preparado para assumir que tal seja possivel, "menos democrático e mais livre".
(continua, que para já tenho mais que fazer...)
PS: quem quiser ver VDH e o seu recente "A War Like No Other", que parece, tem sido apreciado por alguns, facilmente transformado em prova da sua miopia, ver num anterior post: Victor Davis Hanson does it again...
China: virtues of free markets versus the destructiveness of socialism
"Everywhere in the world where there is a reasonably high degree of economic freedom, Chinese people excel and prosper because of their work ethic, family values, capitalistic mentality, and religious beliefs. This has been true for many decades.
But put them in communist China and they were pitiful paupers. It's the biggest "controlled experiment" imaginable on the virtues of free markets versus the destructiveness of socialism." Thomas DiLorenzo
quarta-feira, 18 de janeiro de 2006
O desastre na União Europeia
Se é este o caminho:
1- Criação de um imposto ao nivel da União Europeia
2- Mentalidade que existem transacções de curto prazo (mau) e longo (menos mau)...constituindo na verdade uma Taxa Tobin
3- Precedente para uma mentalidade federalista (depois vão mesmo dizer, na prática já é uma federaçao e um dia, tal como Lincoln, vão dizer que a União precede os Estados...)
Ea vez de: Reduzir as depesas acabando com a PAC
Apenas tenho a dizer que:
Acabem com a União Europeia, ou antes, que Portugal saia dela enquanto é tempo. O uso da táctica da extorsão democrática: a maioria pensa não ser afectada por estas taxas que recaiem nos outros, uma minoria de ...especuladores, e por isso, nem se importa que seja aplicada e mais uma passinho após passinho em direcção ao totalitarismo do centralismo democrático supra-nacional.
O problema internacional realmente urgente
Via Insurgente: Terminem com a PAC
E ajudem assim o "terceiro mundo", que será quem mais beneficiará com o comércio realmente livre, podendo talvez calar os anti-globalização-económica-por-globalização-política (e se calhar também os anti-anti-globalização-económica-pro-globalização-política-via-WTO-and-stuff).
Verdadeiro Federalismo e os seus inimigos
Via Público: "Juízes consideraram que leis do estado devem prevalecer sobre posição da Administração Bush"
Claro que o jornalista não resiste à tentação de falar na "posição de Bush" em vez de falar na questão de princípio, Direitos dos Estados versus Estado Federal.
Existe uma boa razão para isso. Aliás duas.
A primeira, um óbvio bias anti-Bush.
A segunda é que o célebre acordo do Supremo impôs aos Estados a incapacidade de decidir autónomamente sobre o Aborto, resultando assim na imposição do "Aborto Livre" a cada um dos Estados Americanos (por exemplo, a pena de morte é deixada aos Estados).
Portanto, os mesmos que celebram a capacidade de um Estado Americano de decidir autónomamente do Estado Federal sobre questões como a Eutanásia, devem concordar que o mesmo raciocínio é válido quanto ao Aborto.
E eu espero bem que seja ainda na "Administração Bush" que se "consiga" que o mesmo princípio federal venha a ser aplicado pelo Supremo na questão do Aborto, rejeitando a célebre "Roe-Wade decision". Esse seria um bom exemplo para todos.
PS: pelo caminho, muitos conservadores, cometem o erro anti-federalismo, de pretender impôr as suas normas ao nivel Federal sobre os Estados.
(Roe v. Wade was a United States Supreme Court case that determined that laws against abortion violate the constitutional right to privacy. The decision overturned all state laws that banned or restricted abortion. It is speculated that with two new Supreme Court Justices being elected that Roe v. Wade may be in jeopardy of being overturned.)
American First
With U.S. troops tied down in Afghanistan and Iraq, and Pakistanis inflamed over a U.S. airstrike that wiped out 13 villagers, including women and children, it would seem another war in the Islamic world is the last thing America needs.
Yet, the "military option" against Iran is the talk of the town.
"There is only one thing worse than ... exercising the military option," says Sen. John McCain. "That is a nuclear-armed Iran. The military option is the last option, but cannot be taken off the table."
Appearing on CBS's "Face the Nation," McCain said Iran's nuclear program presents "the most grave situation we have faced since the end of the Cold War, absent the whole war on terror." Meeting with German Chancellor Angela Merkel, Bush employed the same grim terms he used before invading Iraq. If Iran goes forward with nuclear enrichment, said Bush, it could "pose a grave threat to the security of the world."
McCain and Bush both emphasized the threat to Israel. And all the usual suspects are beating the drums for war. Israel warns that March is the deadline after which she may strike. One reads of F-16s headed for the Gulf. The Weekly Standard is feathered and painted for the warpath. The Iranian Chalabis are playing their assigned roles, warning that Tehran is much closer to nukes than we all realize.
But just how imminent in this "grave threat"?
Thus far, Tehran has taken only two baby steps. It has renewed converting "yellowcake" into uranium hexafluoride, the gaseous substance used to create enriched uranium. And Iran has broken the International Atomic Energy Agency (IAEA) seals at its nuclear facility at Natanz, where uranium hexafluoride is to be processed into enriched uranium. But on Saturday, the foreign ministry said it was still suspending "fuel production."
However, President Mahmoud Ahmadinejad has declared, "There are no restrictions for nuclear research activities under the NPT," the Nuclear Non-Proliferation Treaty Iran has signed.
Here, Iran's president is supported by his countrymen and stands on the solid ground of international law. Yet Secretary of State Condi Rice said last week, "There is simply no peaceful rationale for the Iranian regime to resume uranium enrichment."
Is Condi right?
Unlike Israel, Pakistan and India, which clandestinely built nuclear weapons, Iran has signed the NPT. And Tehran may wish to exercise its rights under the treaty to master the nuclear fuel cycle to build power plants for electricity, rather than use up the oil and gas deposits she exports to earn all of her hard currency. Nuclear power makes sense for Iran. True, in gaining such expertise, Iran may wish to be able, in a matter of months, to go nuclear.
For the United States and Israel, which have repeatedly threatened her, are both in the neighborhood and have nuclear arsenals. Acquiring an atom bomb to deter a U.S. or Israeli attack may not appear a "peaceful rationale" to Rice, but the Iranians may have a different perspective.
Having seen what we did to Iraq, but how deferential we are to North Korea, would it be irrational for Tehran to seek its own deterrent?
And, again, just how imminent is this "grave threat"?"We don't see a clear and present danger," Mohamed ElBaradei of the IAEA has just told Newsweek.Some put the possibility of an Iranian bomb at 10 years away. Con Coughlin, defense and security editor of the London Telegraph, writes that the 164 centrifuges in the Natanz pilot plant could enable Iran to produce enough highly enriched uranium for a single bomb – in three years.
If the threat were imminent, Israel, which invaded Egypt in 1956, destroyed the Syrian and Egyptian air forces on the ground in a surprise attack in 1967, and smashed an Iraqi reactor before it was completed in 1981, would have acted. And with an estimated 200 nuclear weapons, Israel is fully capable of deterring Iran – and of massive retaliation if she is attacked by Iran.
Iran has attacked neither Israel nor our forces in the Gulf, and the Ayatollah Khamenei is said to be reining in Ahmadinejad. So, it would seem that Iran does not want a war. Congress thus has the time to do the constitutional duty it failed to do when it gave Bush his blank check to invade Iraq at a time of his choosing.
Few today trust "intelligence reports," War Party propagandists or the word of exiles anxious to have us fight their wars. Congress should thus hold hearings on how close Tehran is to a nuclear weapon and whether this represents an intolerable threat, justifying a preventive war that would mean a Middle East cataclysm and a worldwide depression. Then it should vote to declare war, or to deny Bush the power to go to war.
The "Bush Doctrine" notwithstanding, if Congress has not put the "military option on the table," neither George Bush nor John McCain can put it there. That is the Constitution still, is it not?"
Another Undeclared War? Patrick J. Buchanan is co-founder and editor of The American Conservative. He is also the author of seven books,including Where the Right Went Wrong, and A Republic Not An Empire