"Apesar do "Pacto de Estabilidade", o Governo continua a emitir dívida pública, através de um instituto chamado "de Gestão do Crédito Público" (em inglês, Portuguese Government Debt Agency...)"
A dívida pública é o que permite que existam deficits orçamentais recorrentes nos Estados modernos.
Como é que ela é tão fácil de colocar? Porque os Bancos Centrais financiam os Bancos na sua compra e eles mesmo são compradores.
Para todos os efeitos, os deficits têm como consequência o aumento contínuo da dívida pública, o que só é possível através do crescimento da massa monetária que resulta dos B.C. recorrerem à sua máquina de fotocópias de notas para adquirir parte dessa dívida pública.
A UE é o único exemplo em que o mesmo BC compra dívida pública de vários Estados-Nação, através da emissão (fotocópias) de novos Euros.
Tudo bem enquanto funcionar. Quando não funcionar, um determinado país só tem a beneficiar enquanto emite muita dívida pública suportada pela emissão de Euros enquanto os outros se portam bem. Resultado previsível a prazo?
Algures no futuro o BCE vai ter poderes para recusar (e até por boas razões) a compra de quantidades adicionais de dívida pública de um determinado Estado. Porque a alternativa é os outros países suportarem, através da partilha da mesma moeda, os custos - num efeito de socialização do mau comportamento.
Neste instante, o Castelo construído poderá ruir. Só mesmo o estrito cumprimento de deficits máximos por todas as partes poderá impedir tal evento, ou talvez apenas adiá-lo.
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