sexta-feira, 21 de novembro de 2003

Re: Estratégia Contraproducente?

Intermitente

"O seu objectivo ultimo é a implantação de estados teocráticos, anti-liberais e anti-modernos."

Pode ser ou pode não ser. A cultura do Islão reconhece a propriedade privada, a cultura do comércio é ancestral, é temente a Deus e pune exemplarmente os criminosos. Se não cabem nos nossos padrões, isso não deve constituir motivo para irmos para lá. Se têm problemas e as mulheres não são livres (eles dizem que no Ocidente são livres para a pornografia, aborto e prostituição), ou têm tiranos ou monarquias e principados absolutos, devem ser os próprios a resolver os seus próprios problemas.

"Qualquer ser humano é um alvo potencial ou no mínimo uma baixa colateral cuja importância é infima perante um plano maior.

Qualquer desvio às suas crenças é uma heresia punível com a morte."

È bem verdade. Mas podemos nós olhar para nós mesmos? O desejo de fazer da democracia e levar os "nossos valores" aos outros, algo a ser imposto já e agora, à custa de milhares de vidas - baixas colaterais - bem mais do que o somatório de todos os atentados, não é exactamente o mesmo?

E a isso devemos juntar, as "unintended consequences" das acções tomadas, como por exemplo, o terrorismo antes inexistente no Iraque, a oportunidade de um campo de batalha e uma causa (a luta contra a ocupação) que pode atrair até moderados, etc.

Não, não chega ter boas intenções e a certeza (eu prefiro ter dúvidas) de que somos portadores da "boa nova", do "fim da história".

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