segunda-feira, 29 de março de 2004

A Direita(?) pela revolução internacional. Trotsky is alive!

E a direita conservadora já não existe. Gabriel Silva no Blasfémias em DITADURAS, DEMOCRACIAS E OS AMIGOS

"Os regimes democráticos deveriam, em qualquer caso, apoiar politica e financeiramente os grupos internos ou externos de opositores de qualquer regime não-democrático. Sempre."

Por exemplo, no Vaticano? Por exemplo, no Chile, uns anos atrás? Quem sabe em Portugal, antecipando o 25 de Abril. Talvez fomentar a democracia nas tribos da selva da Amazónia. Como poderão existir relações internacionais quando uma das partes fomenta uam revolução? Quantas guerras/convulsões civis não resultariam (na verdade já o existem por causa disso mesmo) e como os resultados não serão os inversos por causa da ingerência externa (a parte apoiada pode ser sempre acusada de servir interesses estrangeiros, por exemplo)?

O pessimismo de Rui A. em "A quem serve o Estado?" fazia-lhe bem:

"...o problema, porém, é que este último desenvolveu uma máquina coerciva que lhe permite impor todas as arbitrariedades que entenda, legitimado pelo uso quase formal do voto universal e democrático (...) Encontrar no voto um fundamento legitimador para o uso do poder é, hoje em dia, com a quase absoluta ausência de limites para o exercício desse poder, um excesso."

A democracia não é um fim em si mesmo, o mercado nem precisa de democracia, as empresas não são democráticas (para o serem, nas Assembleias Gerais todos os trabalhadores votariam na lógica de um homem um voto e assim teríamos o fim da economia). Liberdade significa (ou devia significar) respeito pela propriedade e contrato. E este respeito é em muito incompatível com a democracia. Não quer dizer que esta seja deve ser rejeitada, mas devemos conhecer os seus limites. A democracia mundial por exemplo seria a tirania contra todas as comunidades.

Imagine uma democracia pan-árabe (mesmo partindo do princípio que seria estável e sem fundamentalismos) que incluiria Israel. Seriam os Israelitas mias livres por estarem incluidos numa grande democracia? Olhe que no Médio Oriente as nações mais desenvolvidas são monarquias absolutas: Também se devia fomentar a revolução no Qatar, Kowet, Emirados Unidos, ou mesmo Arábia Saudita (Bin Laden bem o quer...)?

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