É o preço do centralismo e da ausência de um Federalismo Português, onde os impostos seriam cobrados localmente e transferências acordadas seriam efectuadas suportar as despesas de um governo federal, em vez do contrário. Ver em:
"Lisboa Mais Rica, Norte Mais Eficiente"
Neste quadro de fortes disparidades regionais, o Tâmega e a Grande Lisboa são os extremos de um mesmo país. A região do Tâmega, tal como as da Serra da estrela, Pinhal Interior Norte, Alto Trás-os-Montes, Dão-Lafões, Douro, Minho-Lima, Pinhal Interior Sul, Beira Interior Norte, Baixo Alentejo, Cova da Beira e Alto Alentejo detiveram, neste período, índices inferiores a 75 por cento do PIB "per capita" médio nacional. A Grande Lisboa foi, por sua vez, a única região com um índice superior a 25 por cento da média nacional (índice 169). Com índices superiores a 75 por cento mas inferiores à média nacional estiveram os Açores, Cávado, Oeste, Ave, Alentejo Central, Península de Setúbal, Entre Douro e Vouga, Beira Interior Sul, Médio Tejo, Lezíria do Tejo, Baixo Vouga, Baixo Mondego e Pinhal Litoral. Entre a média nacional (100) e 25 por cento acima da média (índice 125) ficaram as regiões do Algarve, Madeira, Alentejo Litoral, e Grande Porto. "
"A Grande Lisboa foi, por sua vez, a única região com um índice superior a 25 por cento da média nacional (índice 169)"
Este número é de pasmar. Como pode esta região ainda auferir das transferências da União Europeia, da localização por sistema das estruturas administrativas e políticas, de investimentos públicos elevados, etc.?
Para ter em conta:
Todo os salários pagos directa e indirectamente do Orçamento Geral do Estado recebidos na região da Grande Lisboa devem ser deduzidos do PIB da Grande Lisboa, em vez de somados, porque não só significam impostos pagos por terceiros, como estes salários-impostos alimentam o nivel de vida de terceiros que têm a capacidade de poder vender produtos e serviços pagos pelos salários-impostos distribuidos.
Com esta correcção, e comparando com o actual número do PIB, ficariamos a conhecer o verdadeiro preço da administração central, a verdadeira redistribuição nacional a favor da Grande Lisboa e que suporta uma boa percentagem do rendimento per capita nesta região.
Disclaimer: Sou do Porto e o mesmo cálculo pode ser feito para o Grande Porto, ou para o resto do país. Talvez apresente aqui os números.
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