sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

Imigração II

"It cannot be denied that these fears are justified. Because of the enormous power that today stands at the command of the state, a national minority must expect the worst from a majority of a different nationality.As long as the state is granted the vast powers which it has today and which public opinion considers to be its right, the thought of having to live in a state whose government is in the hands of members of a foreign nationality is positively terrifying."

Mises em diversos pontos da sua obra fala no princípio da livre circulação, mas pelo menos não deixa de reconhecer, que na presença de um estado intervencionista que perdura precisamente pelo “status quo” criado pela regra da maioria, o conflito de interesses, antagonismo pelo confronto de diferentes identidades, a perda de coesão em valores que numa comunidade homogénea são consensuais mas que perante a integração multi-cultural, tudo o que é natural passa a ser questionado. Falemos por exemplo da dificuldade num Estado(-Nação?) desenhado por Ingleses que é o multi-étnico Iraque (que provavelmente só subsistiu como uno, por causa do seu regime não democrático e violento), ou ainda da questão da Palestina - será possível um Estado único com judeus e árabes? Claro que não. Então, como pode existir "livre imigração"?

Mais uma vez, só o poderá, numa ordem com o mínimo Estado possível, numa democracia muito limitada (quanto ao âmbito das suas decisões) e na presença de propriedade privada em todos os domínios. Mas mesmo num tal sistema, é necessário um consenso elevado perante estes princípios liberais. Com "livre imigração" não serão estes princípios postos em causa pelas comunidades imigrantes que não partilham deles?

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