sábado, 3 de janeiro de 2004

The Year of Iraq

No Opinion Journal

"... A dictator of 30 years has been toppled, in remarkably rapid fashion, and now captured to stand trial ..."

Muitos ditadores duraram 30 anos apoiados pelo Ocidente, muitos ainda duram. Será o War Street Journal, um jornal pela revolução internacional?

"The fragmentation of Iraq that was widely predicted has also failed to occur..."

Será uma previsão válida depois da ocupação acabar? Se e quando acabar, porque um dos motivos para não acabar poderá ser mesmo o risco de desintegração (esperem um pouco mais) e a confusão no domínio do petróleo e nos investimentos realizados na reconstrução.

"The insurgency in the Sunni Triangle will continue to be a danger, and the solution there is both military and political...[As destructive as they are, the truck bombs in Iraq are only strategically notable because this time they are not driving the U.S. home.] "

Que absurdo, o único ataque conhecido foi conseguido com "box cutters" e o Iraque, sabemos nós, não tinha qualquer capacidade militar para ameaçar os seus vizinhos, quanto mais os EUA.

"Beyond American troops, more and more Iraqis are also now joining the fight for their own country..."

Iraquianos a lutar pelo Iraque será o mesmo que Kurdos pelo Kurdistão, Shiitas pelo Sul, ou simplesmente árabes por um estado islâmico? Os únicos que lutam pelo Iraque multi-étnico-religioso como Estado-Nação parecem ser mesmo os Sunitas.

"...No one has been more impressed by the U.S. invasion than the Saudis, who are finally cooperating seriously against al Qaeda."

O que se passa é que a Al Qaeda aumentou os ataques contra os Sauditas - os tais que são objecto dos planos de mudança de regime pelo efeito “dominó”!

"Colonel Gadhafi got the message that playing with WMD is a bad career choice, while Iran is at least meeting with the U.N...respect for America has only increased with this demonstration of strength and purpose."

Long time ago…que Gadhafi tem aos poucos mostrado preocupação em regularizar os destinos da Líbia, ainda antes do 11/9 (e apesar de ter visto um seu filho morto num ataque directo a si nos anos 80). É típico de um espírito intervencionista em não reconhecer as consequências a prazo e em procurar ter os louros daquilo que corre e correria de qualquer forma bem...na verdade o comportamento de Gadhafi mostra, como antes já tinham mostrado outros ditadores que duram há "30 anos", que se apercebem que o seu país dependerá de outros mais tarde ou mais cedo, induzindo-os a fomentar uma normalização do regime no fim da sua longa carreira. Os que não o fizeram acabaram mal como Phalevi no Irão, que durou perto de 30 anos, colocado pela CIA (contra eleições democráticas) e apoiado pelo Ocidente até à Revolução (pela mudança de regime) de Khomeni.

"Another global benefit of the war is the end of illusions about the United Nations and a certain kind of "multilateralism." The U.N. couldn't enforce its own resolutions before the war, and afterward it fled Iraq the first time it was targeted by terrorists...only the U.S. has the political will and military means to defeat global threats. American Presidents in the future will likewise have to build coalitions on an ad hoc basis, often working around a U.N. Security Council obstructed by France "

Só existe terrorismo no Iraque depois da sua ocupação e a ONU não tem nem nunca deverá ter meios de forçar as suas resoluções porque isso significaria um governo mundial e um exército mundial a impor resoluções a Israel, coisa que não desejo.

The most important Iraq result, however, has been the demonstration of U.S. public support. Even amid the worst of the casualty reports in November, some 60% of Americans said the war was worth fighting ...”

Isto sim é notável e será bom (nunca até aos nossos dias tinha existido nacionalismo americano, nota-se já até um certo chauvinismo, principalmente contra o seu aliado histórico contra o Império Britânico – a França)?

Na Grande Guerra, onde todos estavam contra todos por coisa nenhuma, o apoio popular era geral e fundado num nacionalismo pelo império, tendo dado no que deu, e tudo começou por causa de um acto terrorista (o assassinato do arquiduque em Sarajevo) e o prevencionismo da Áustria (o ultimato à Sérvia) não distinguindo entre terroristas e “Estados que o suportam” (porque a seguir vêm os Estados que suportam Estados que suportam terroristas).

Sem comentários:

Enviar um comentário