Não há dúvida que é uma boa notícia o que se ouve sobre o regime da Líbia e reforço a ideia de que mesmo alguém como Khaddafi, no fim de carreira e pensando na continuidade do seu país, procura normalizar o seu Estado. E como é verdade a conclusão de que "These [weapons] are no longer defense capabilities", tal é verdade para todas as partes, incluindo os EUA ou qualquer outro país, que aparentemente pensa desenvolver mini-WMD, tal só aumentará a probabilidade do seu uso efectivo, assim como a probabilidade de resposta.
Interessante, a confirmar-se a possibilidade do filho poder assumir os destinos do país. Já tem sucedido em vários países, que não sendo monarquias, se torna a solução mais consensual para o regime, não só em termos de continuidade mas de alteração gradual do mesmo. O caso da Coreia do Norte, podem dizer, prova que até pode piorar o regime, mas é verdade que a Coreia do Norte mostrava sinais de mudanças antes do discurso de quase confronto directo e ameaças de utilização mútua de WMD - lembro-me até que a Coreia do Norte tinha anunciado a criação de um espaço económico livre (sem impostos e regulação - muito à moda do caso de sucesso do pragmatismo dos dois sistemas na China) perto da fronteira, ao mesmo tempo que, na altura, o diálogo com a Coreia do Sul, era aprofundado (depois veio o 11/9 - maldito Bin Laden, até aí Bush tinha textualmente discursado sobre “humble foreign policy” e isso foi submergido pela vaga neo-conservadora e o histerismo generalizado após um atentado conseguido apenas por desleixo).
Seja como for, serão Repúblicas à procura de Dinastias?
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