quinta-feira, 15 de janeiro de 2004

Texteis Chineses

Mata-Mouros

"Só os países livres devem poder adquirir as vantagens do comércio livre. Quem tiraniza o seu povo, não"

Por acaso não ocorrerá, que, usar a coerção para impedir os portugueses de voluntáriamente comprarem produtos chineses é uma forma de tirania quer sobre os portugueses quer sobre os próprios chineses? E se estes já são "tiranizados" pelo seu Estado, porque iremos nós ajudar nessa tarefa?

O comércio livre é a mais eficaz forma de reforçar o respeito pelos direitos de propriedade em ambas as partes. O gosto pelas sanções económicas, de povos supostamente tiranizados (eu diria que esse é assunto deles a ser resolvidos pelos próprios) é o primeiro caminho para a guerra (claro que para alguns, ou talvez hoje em dia para muitos, a "magnificent litle war" é sempre um gostinho).

No caso dos chineses, estarão eles a fazer pouco para uma transição tranquila? AH, mas não são democráticos! Tirania! Talvez o resto de mundo devesse ter virtualmente reduzido a zero, o seu comércio com o Portugal Salazarista, ou com Espanha, ou com o Chile, o petróleo do Médio Oriente, Filipinas, Indonésia, etc, etc.

As barreiras ao comércio livre não fizeram nada senão aumentar o sofrimento (tiranizar?) dos iraquianos, como o fazem aos cubanos, ao mesmo tempo que impedem que o desenvolvimento económico faça o seu papel na transição dos regimes, constituindo uma classe média estável, etc.

Qualquer barreira ao livre comércio é uma tirania imposta sobre duas partes.

Quanto à "A liberdade é um todo e não se pode segmentar em parcelas caprichosas."

È bem verdade, porquê então essa obsessão pela liberdade política como se fosse um bem absoluto que dá absoluta legitimidade aos outros para se meterem no que não lhes diz respeito?

Nota posterior: não estão em causa posições de princípio, mas sim o uso da liberdade económica e em especial, o da ingerência externa directa e indirecta, como meio eficaz (e com legitimidade) de induzir a transformações sociais.

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